Por Zuleide de Barros
Santos – As praias foram a maior atração do domingo de carnaval nas cidades da Baixada Santista e Litoral Sul. Por volta do meio-dia não havia lugar para estacionar carros nas avenidas da orla de Santos e de São Vicente, enquanto na areia, a briga ficou por conta da falta de espaço para a colocação de cadeiras e guarda-sóis. Desta vez, a previsão meteorológica acertou em cheio, porque nem uma gota de chuva caiu no sábado e no domingo na região. No final da tarde de sábado, o shoppings que costumam lotar nos feriados prolongados mostravam-se até vazios, porque a movimentação maior ainda era nas praias e nos barzinhos da orla.
O clima de carnaval era marcado com a passagem dos blocos de rua, como o tradicional bloco “Ba-Bahianas Sem Taboleiro”, que há 76 anos desfila pelas ruas de São Vicente. A irreverência é a marca do bloco, com homens vestidos de mulher, que preservam as tradicionais marchinhas carnavalescas e não deixam de apresentar críticas a situações corriqueiras do município e do Brasil. “O mais importante é que a cidade para em torno do bloco, juntando mais de 100 mil pessoas em torno da folia”, afirma a presidente do Ba-Bahianas, a professora Regina Dias.
Os bailes nas cinco tendas armadas ao longo da orla santista também são destaque. As matinês animaram não só crianças, mas também jovens e pais e avós, que curtiram a música das bandas, que começaram a se apresentar a partir das 15 horas. Os bailes noturnos, nos mesmos locais, também deram o tom do carnaval na Baixada.