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Campos põe Marina na linha de frente da campanha

Evento para oficializar candidatura dedica mais tempo de microfone à vice. Coligação se esforça para exibir o ex-governador e a ex-senadora em pé de igualdade na chapa

Por Marcela Mattos e Talita Fernandes, de Brasília
28 jun 2014, 14h26
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  • Eduardo Campos e Marina Silva oficializaram neste sábado, em Brasília, a candidatura liderada pelo PSB para a corrida eleitoral ao Palácio do Planalto, em um evento marcado pelo esforço de exibir, como protagonistas, dois candidatos ainda com dificuldades para alinhar discursos e unir a militância nos Estados. Ficou evidente, ao longo de todo o encontro, a preocupação de entregar a Marina uma porção importante na composição da chapa, e coube a ela negar as crises internas e demonstrar união na aliança formada há oito meses. “Estamos juntos, tecendo, fiando, sabendo que temos de olhar de baixo para cima para ver o que está acima de nós. Acima está a responsabilidade de não nos perdermos no caminho antes de dar o primeiro passo diante da responsabilidade de mudar o Brasil”, disse a candidata a vice-presidente.

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    Com um capital político estimado em 20 milhões de votos, Marina assusta os articuladores da campanha da presidente Dilma Rousseff por ser mulher, ex-petista e ligada aos movimentos sociais. Aliada a Campos, ela tem o papel de tirar o ex-governador de Pernambuco do anonimato: de acordo com pesquisa Ibope, 25% dos brasileiros não o conhecem. Neste sábado, o presidenciável cedeu o lugar para a parceira inaugurar o palanque e falar por mais de 30 minutos – enquanto ele próprio usou 20 minutos do microfone.

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    A estratégia que se apresenta a partir de agora, quando a chapa está oficialmente desenhada, é a de mostrar Marina como parte ativa, decisiva da campanha e das propostas de governo da aliança. O que, em certa medida, evidencia também as dúvidas internas do grupo em relação a quem seria o melhor candidato para encabeçar a chapa.

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    Apesar de igualmente ativos, o provável é que Campos e Marina assumam papeis específicos diante da opinião pública. Desde já, cabem a ele os ataques ao governo Dilma e a linha de frente dos embates. Marina expressa a voz conciliadora da coligação, reforça pontos caros aos “marineiros”, como temas ligados à sustentabilidade. O esforço se faz necessário diante, principalmente, do conjunto de alianças compostas pelo PSB nos Estados, que desagradam à militância egressa da Rede.

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    A Campos coube, na apresentação deste sábado, expor uma série de propostas e atacar a “quebradeira” promovida pelo governo petista. “Quero assumir o compromisso de que nos vamos salvar os municípios brasileiros da quebradeira de Dilma”, disse o ex-governador de Pernambuco. “Quem quer andar de um novo jeito, de um jeito seguro rumo a um Brasil mais justo não pode ficar olhando para trás, pensando que a futura eleição será a disputa do passado com o passado”, afirmou, para combater o discurso do medo, apregoado pelo PT.

    O ex-governador disse ainda que as conquistas do passado serão mantidas em um eventual mandato liderado pelo PSB. Segundo ele, programas como o Pró-Uni, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, as principais vitrines do governo atual, estarão garantidos. “Vamos acabar com a difamação de que vamos encerrar com os programas sociais. Nós vamos acabar é com a corrupção, com o patrimonialismo e o fisiologismo”, disse. “Esses programas não são conquistas de uma pessoa, de um partido. São conquistas de um povo de onde viemos. O Brasil quer avançar, quer um governo novo que em vez de ficar discutindo quem fez mais no passado diga com clareza o que vai fazer o que não foram resolvidos nesses 20 anos.”

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    Copa do Mundo – O lançamento da campanha de Campos e Marina dividiu as atenções com a Copa do Mundo. Horas antes de o Brasil entrar em campo contra o Chile, os militantes do PSB já estavam vestidos com a camisa da Seleção, carregavam cornetas e chegaram até a parodiar as vaias e xingamentos no dia da abertura do Mundial: “Ei, Dilma, sai pra entrar Dudu”, gritavam. O evento foi encerrado a 45 minutos antes do início da partida. Eduardo Campos vai assistir ao jogo na Fundação Mangabeira, organização não-governamental ligada ao PSB. Já Marina Silva passou mal de pressão baixa e anunciou que iria para casa.

    Além de militantes da Rede e do PSB, participaram do evento o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, do Piaui, Wilson Martins, o senador Jarbas Vasconcelos (PE), o candidato ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o de Minas Gerais, Tarcísio Delgado, e ainda parlamentares socialistas.

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