Câmera de segurança flagra suspeito de esquartejamento
Suspeito usava um carrinho de feira idêntico ao encontrado por policiais com partes do corpo encontradas espalhadas pelo bairro de Higienópolis
Imagens de uma câmera de segurança flagraram um suspeito de esquartejar o corpo encontrado no domingo, ao lado do Cemitério da Consolação, em São Paulo. O vídeo foi gravado por um aparelho de monitoramento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e foi requisitado pela Polícia Civil, segundo o Bom Dia São Paulo, da Rede Globo.
Sacos plásticos de lixo com partes de um corpo, provavelmente de um homem, foram encontrados em três pontos no entorno do cemitério. O DHPP apura se a vítima era um travesti.
Policiais civis informaram que a gravação feita pela GCM é a única pista para tentar encontrar o criminoso. As imagens, porém, não são nítidas. Além disso, como o equipamento tem um sistema giratório e estava no módulo automático, perdeu o homem de vista antes de gravar o seu rosto.
O suspeito é um rapaz magro, que aparece de bermuda cinza e blusa preta. Por volta das 7h45 de domingo, ele aparece carregando um carrinho de feira azul pela Rua Sabará, em direção ao cemitério. A gravação dura apenas alguns segundos. O carrinho é idêntico ao encontrado por policias militares, no domingo, com os pedaços do corpo.
O primeiro saco plástico com partes humanas foi localizado por um catador de material reciclável, que vasculhava lixos, pouco mais de uma hora depois da gravação que mostra o suspeito. Dentro dele estavam dois braços, com as pontas dos dedos arrancadas, e duas pernas.
Entre as ruas Coronel José Eusébio e Mato Grosso, horas depois, uma mulher que fazia serviço de limpeza encontrou o carrinho de feira com outro saco de lixo, contendo parte do tórax da vítima. O terceiro saco foi localizado por policiais na Rua da Consolação.
DNA – Nos três sacos, foram achados cabelos, que serão encaminhados para análise da Polícia Científica. As investigações apontam que a vítima tinha de 25 e 30 anos, entre 1,80m e 1,90m.
O caso foi registrado no 78º Distrito Policial, nos Jardins, como homicídio doloso qualificado, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, segundo a assessoria da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). O DHPP trabalhava com a hipótese de a vítima ter sido morta ainda na madrugada de domingo. Para a polícia, o assassino decepou a vítima e se livrou das pontas dos dedos para dificultar a identificação do cadáver.
O Instituto Médico-Legal (IML) ainda não concluiu a análise das partes do corpo.