Brasil é o pior país da América do Sul para ser menina
No relatório feito pela ONG Save the Children, país aparece no 102º lugar entre 144 nações
O Brasil é o pior país da América do Sul para ser nascer menina, segundo estudo da ONG Save the Children. O levantamento analisa as oportunidades para o desenvolvimento feminino e considera dados sobre o casamento infantil, gravidez na adolescência, mortalidade materna, representação das mulheres no Parlamento e conclusão do estudo secundário.
Em um ranking de 144 nações de todo o mundo, o país ocupa a 102ª posição – atrás de todos os vizinhos sul-americanos. Em todo o continente americano, o Brasil fica à frente apenas de Guatemala e Haiti. De acordo com a ONG, o país apresenta índices ruins em todos os quesitos pesquisados, sobretudo a falta de representação parlamentar e os números de gravidez na adolescência e casamento infantil. “A República Dominicana e o Brasil são casos em questão – ambos têm renda média superior, e estão acima do Haiti. Ambos têm altos números de gravidez na adolescência e casamento infantil”, diz o texto.
No Congresso Nacional, há apenas 52 deputadas federais e 12 senadoras, entre os 513 e 81 parlamentares eleitos para as duas Casas em 2014. De acordo com a pesquisa, 67,3 dos 1.000 nascidos vivos foram gerados por adolescentes. Já 35,6% dos casamentos realizados no Brasil são com meninas menores de 18 anos de idade.
Já os países que encabeçam a lista são, pela ordem: Suécia, Finlândia, Noruega e Holanda.