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Boate Kiss: Ministério Público denuncia oito bombeiros

Três responderão por falsidade ideológica e cinco, por inobservância da lei na fiscalização da casa noturna

Por Da Redação
19 ago 2013, 20h45

O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta segunda-feira oito bombeiros por falhas relacionadas à tragédia da boate Kiss. Os procuradores concordaram com quase todo o Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou responsabilidades de integrantes da corporação no incêndio.

Três bombeiros responderão por falsidade ideológica e cinco, por inobservância da lei em processos administrativos e na fiscalização da casa noturna.

Nenhum dos bombeiros foi acusado por ações que resultaram na morte de 242 pessoas na madrugada de 27 de janeiro deste ano ou posteriormente, em hospitais. Todos serão julgados pela Justiça Militar de Santa Maria.

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Entre os denunciados está o ex-comandante dos bombeiros em Santa Maria, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, que responderá por falsidade ideológica e prevaricação. Ele não teria visto irregularidade na participação de um subordinado em uma empresa que prestou serviços à boate.

O sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza, indiciado pelo IPM por falsidade ideológica, não foi denunciado pelo Ministério Público. O tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, que não foi indiciado ao final da apuração feita pela Brigada Militar, acabou denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica, assim como o capitão Alex da Rocha Camilo.

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Outros cinco bombeiros – os sargentos Renan Severo Berleze e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades e os soldados Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho e Marcos Vinícius Lopes Bastide – responderão por inobservância da lei porque não teriam fiscalizado adequadamente a casa noturna e não teriam exigido o treinamento dos funcionários para combate a incêndios.

Depoimentos – Duas testemunhas do incêndio prestaram depoimento à Justiça em Porto Alegre nesta segunda-feira na fase de instrução do processo criminal. O jovem Ruan Martins, de 19 anos, que sobreviveu à tragédia, disse que a casa estava superlotada. O então gerente da Kiss, Ricardo Pasche, afirmou que havia espaço para as pessoas se movimentarem dentro da boate.

Os depoimentos foram assistidos por Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local no momento em que o incêndio começou e que fazia o show pirotécnico que teria gerado a faísca que provocou o incêndio. Os dois ficaram calados.

No processo criminal eles respondem por homicídio com dolo eventual, assim como o outro sócio da casa noturna, Mauro Londero Hoffmann, e o produtor do conjunto, Luciano Augusto Bonilha Leão.

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(Com Estadão Conteúdo)

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