Blocos de Carnaval levaram 120.000 pessoas às ruas da capital paulista neste domingo. Foram 41 grupos espalhados em diversas regiões da cidade. Somente pelas ruas da Vila Madalena e Pinheiros, na Zona Oeste, mais de 50.000 pessoas se reuniram para participar de onze blocos, de acordo com informações da prefeitura. No sábado, o total de foliões chegou a 200.000. Ao término da passagem dos blocos, um verdadeiro rastro de lixo se espalha pelas ruas. Somente no sábado, a prefeitura informou ter recolhido 64 toneladas de lixo deixadas pelos foliões dos blocos Bangalafumenga e Sargento Pimenta.
“A limpeza após a passagem dos blocos, entretanto, deveria ter sido providenciada pelos organizadores, já que se tratava de blocos patrocinados, cujas infraestruturas não eram de responsabilidade da prefeitura”, disse a administração municipal em nota.
Segundo a prefeitura, no sábado a maioria dos blocos encerrou as batucadas dentro do horário previsto. Uma exceção teria sido o Bloco Carnavalesco Independente Pimentas do Reino, realizado na Vila Madalena, que permaneceu em desfile após a meia-noite. O atraso na dispersão e na limpeza das vias foi justificado pela quantidade excessiva de resíduos na Avenida Paulo VI e pela enorme concentração de pessoas na Rua Aspicuelta, na Vila Madalena.
As festas têm sido monitoradas por uma Central de Operações, que reúne representantes de catorze secretarias municipais e da Polícia Militar. Cerca de 800 funcionários foram destacados para fazer a limpeza das vias públicas, contando com cinquenta carros-pipa, que utilizam água de reúso.
Mesmo com os mais de 900 banheiros públicos espalhados pela cidade neste pré-Carnaval, foliões urinam na rua nos bairros da Vila Madalena e Pinheiros. A infração é facilitada, já que não há fiscalização da prefeitura. Na Rua Inácio Pereira da Rocha, mais de 400 foliões pulavam carnaval na tarde deste domingo, no bloco Zé e Maria. A 500 metros da festa, 10 banheiros móveis estavam disponíveis e passaram boa parte do tempo desocupados. Já os muros das casas viraram o alvo das necessidades. “Eu sei que é errado, mas se a gente perde tempo de ir ao banheiro acaba não curtindo a festa”, disse um morador da Zona Sul de São Paulo, que não quis se identificar.
(Com Estadão Conteúdo)