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Auditor acusado de fraudes era filiado ao PMDB

Junto com outros dois servidores municipais, Eduardo Horle Barcellos é suspeito de desviar ao menos 200 milhões de reais dos cofres públicos

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2013, 19h00
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  • Acusado de participar do desvio de até 500 milhões de reais dos cofres da prefeitura de São Paulo, o auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos foi filiado ao PMDB de outubro de 2009 até outubro de 2011, período em que o esquema de fraudes e pagamento de propina estava a todo vapor, segundo as investigações do Ministério Público Estadual e da Controladoria-Geral do Município (CGM).

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    O diretório estadual do PMDB confirmou a filiação de Barcellos, mas não informou o motivo da desfiliação em outubro de 2011.

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    Barcellos mantinha um cargo de confiança na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) como ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança. Em janeiro deste ano, foi exonerado e remanejado para o cargo de auditor, com o salário de 20 608,40 reais. Junto com os auditores Ronilson Bezerra Rodrigues e Carlos Augusto di Lallo, Barcellos teve o pedido de prisão temporária prorrogado e está detido no 77º Distrito Policial de Santa Cecília.

    Segundo o MP, o trio cobrava propina de empresas imobiliárias para reduzir o valor do Imposto Sobre Serviços (ISS), fazendo com que o Tesouro Municipal recolhesse uma parcela considerada “ínfima” do tributo. Eles são acusados de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa, concussão e advocacia administrativa.

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    Uma das maiores empresas do ramo imobiliário, a Brookfield informou ter pago mais de 4 milhões de reais aos fiscais. O dinheiro foi depositado em uma conta bancária aberta pelos suspeitos. Por enquanto, o MP ainda investiga se as incorporadoras foram vítimas do esquema ou se participaram dele como cúmplices. Nesta segunda, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que vai intimar ao menos quinze construtoras para esclarecer o suposto envolvimento com os auditores.

    Na última quarta-feira, o prefeito disse que não havia indícios de ligação entre acusados e políticos. “Perguntei à Controladoria-Geral do Município se havia alguma interface do esquema com o mundo político e a resposta preliminar que eu obtive é que essas pessoas tinham apenas um convívio social por ocuparem cargos importantes, mas que até agora não há nenhuma relação visível com políticos”, afirmou o prefeito.

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    Neste domingo, interceptações telefônicas reveladas pelo Fantástico, da Rede Globo, citam o nome de Antônio Donato, vereador do PT licenciado e atual secretário de Governo de Haddad. Ele é citado pelos investigados como um dos supostos receptores do dinheiro desviado. Em outro telefonema, Ronilson Bezerra afirma ter usado um escritório que pertencia ao ex-prefeito Kassab. Os dois políticos negam o envolvimento com o grupo.

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