Ator acusado de roubo diz que foi furtado em delegacia
Dois celulares, um par de tênis, uma braçadeira e um fone de ouvido, que Vinícius Romão usava no dia em que foi preso, desapareceram na 25ª DP
Depois de ser preso injustamente, o ator Vinícius Romão tenta reaver os objetos que entregou na 25ª DP (Engenho Novo) na noite em que foi detido acusado de ter assaltado a copeira Dalva Moreira da Costa. Ele prestou nesta segunda-feira depoimento na Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), órgão que apura “se houve irregularidades na prisão” e na conduta dos policiais, e investiga o desaparecimento dos pertences de Romão.
Em entrevista ao site de VEJA, Romão contou que desapareceram um par de tênis, dois celulares, uma braçadeira e um fone de ouvido, que usava no dia que foi preso. Os objetos são avaliados em 900 reais. “Desde que saí da prisão, tento pegar o par de tênis e os celulares, mas não consigo. Meu pai já foi duas vezes à delegacia e os policiais não sabem dizer onde estão as minhas coisas. Ou seja: fui furtado dentro da delegacia”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, somente sua carteira e cerca de 10 reais foram entregues ao pai, o militar reformado Jair Romão. “O restante ficou lá”, enfatizou. Há duas semanas, Jair Romão e o advogado Rubens Nogueira de Abreu comunicaram o desaparecimento dos objetos de Vinícius ao delegado responsável pelo caso, Niandro Lima. Passada uma semana, e sem nada resolvido, Lima abriu um processo para investigar o caso. Procurada, a assessoria da Polícia Civil não comentou o caso.
Erro no reconhecimento – Romão, que trabalhou na novela Lado a Lado, da TV Globo, foi preso no dia 10 de fevereiro acusado de roubar a bolsa de Dalva Moreira da Costa. O jovem voltava para casa quando foi abordado e preso por um policial civil que presenciou o assalto. A vítima, que estava com o agente, reconheceu o ator como o ladrão. Dias depois, ela prestou novo depoimento e admitiu que errou ao reconhecer Vinícius.
Ele foi libertado no dia 26 da Casa de Detenção Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Na última sexta-feira, a polícia prendeu Dione Mariano da Silva, de 24 anos, acusado de ser o verdadeiro autor do crime pelo qual Romão foi preso por engano. A Coinpol avalia também a conduta do policial da 11ª DP (Rocinha), Waldemiro Antunes de Freitas Junior, que efetuou a prisão, e do delegado de plantão da 25ª DP, William Lourenço Bezerra, que registrou o caso como flagrante.
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(Com Estadão Conteúdo)