Assassino de Marielle teria deixado fragmento de digital
Marca pode ser confrontada com as de eventuais suspeitos
Especialistas envolvidos na investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, teriam identificado fragmentos de digitais nas cápsulas de pistola 9 milímetros usadas no crime.
A princípio, os fragmentos não seriam suficientes para uma comparação com impressões digitais armazenadas em bancos de dados da polícia. A marca poderia, no entanto, ser confrontada com as de eventuais suspeitos, segundo o jornal O Globo.
Marielle e Anderson foram executados no dia 14 de março na região central do Rio. Até agora, ninguém foi preso e poucas informações foram divulgadas. De acordo com as polícias Civil e Federal, o sigilo serve para não atrapalhar as investigações.
No domingo, Carlos Alexandre Pereira Maria, colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS) foi morto a tiros na Zona Oeste do Rio. O crime ocorreu dois dias após o parlamentar depor na Delegacia de Homicídios da capital sobre o caso da morte da vereadora e de seu motorista. Não há ainda informações sobre o motivo do crime. Segundo a Polícia Militar, o 18º Batalhão da PM (Jacarepaguá) chegou a ser acionado, mas encontrou a vítima morta. Agentes da Delegacia de Homicídio da capital fizeram uma perícia no local do crime, na Estrada Curumau, na Taquara.
Policiais foram ao gabinete de Marcello Siciliano na Câmara dos Vereadores na quinta-feira, mas ele não estava no local. Na manhã de sexta-feira, o parlamentar foi notificado para prestar depoimento, que ocorreu um dia após o vereador Zico Bacana (PHS) ir à Delegacia de Homicídios. Siciliano ficou três horas na delegacia. Na ocasião, declarou que foi convocado “para prestar esclarecimentos para poder ajudar na linha de investigação que estão utilizando”.