Quase 24 horas depois das explosões que iniciaram o incêndio no depósito de combustíveis da empresa Petrogold, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ainda havia, na manhã desta sexta-feira, chamas em vários pontos do terreno. Mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a situação está sob controle. Os militares tiveram ajuda do clima: uma forte chuva atingiu a região metropolitana do Rio durante a noite, o que resfriou áreas atingidas pelo fogo. A previsão do coronel Ronaldo de Alcântara, que comanda as operações de seis quartéis no combate ao incêndio, é de que antes do fim da tarde os moradores da região possam voltar para suas casas.
O risco, no entanto, não está eliminado. Um levantamento publicado nesta sexta-feira pelo jornal O Globo, feito por autoridades de meio ambiente do estado do Rio após o incêndio da Petrogold, identificou entre 20 e 30 depósitos clandestinos de combustíveis e substâncias inflamáveis em uma área de cerca de 20 quilômetros quadrados em Duque de Caxias.
Depósito de combustível incendiado não tinha autorização ambiental
A área é propícia para as quadrilhas e empresas que operam de forma ilegal: a proximidade com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e a fartura de vias para escoamento de caminhões tanque facilita o transporte de gasolina e álcool adulterados. Como publicou o site de VEJA, a Petergold já havia sido autuada por adulteração de combustível e estava sem a licença do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para operar nesse ramo.
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