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Após morte de bebê, moradores destroem delegacia e incendeiam 48 veículos na Bahia

Em Amargosa (BA), moradores atearam fogo em delegacia após criança ter sido atingida na cabeça durante troca de tiros entre policial e criminoso. Detidos fugiram da carceragem, e armas da polícia foram roubadas

Por Da Redação
17 jul 2014, 14h52

Conhecida por ser sede de uma das mais animadas comemorações de São João do Nordeste, a cidade de Amargosa (BA), de 35.000 habitantes, a 235 quilômetros de Salvador, viveu uma noite de tensão e medo nesta quarta-feira. Revoltado com a morte de um bebê de um ano, durante uma operação policial, um grupo de pessoas depredou e incendiou parte da delegacia da cidade e ateou fogo em 48 veículos parados nas ruas – trinta motos, dezesseis carros, um caminhão e um ônibus escolar.

Na confusão, os dezesseis detidos que estavam na carceragem da unidade policial conseguiram escapar, e as armas da delegacia foram roubadas. A delegada do município, Glória Isabel Ramos, um juiz e um promotor que atuam na cidade tiveram de se refugiar em um hotel. A situação só foi controlada com a chegada de reforços da Polícia Militar de outras cidades da região e de integrantes do Batalhão de Choque. Apenas dois detentos foram recapturados.

Bebê – Segundo relatos de moradores, o conflito foi iniciado durante uma perseguição policial, na noite desta quarta. Um traficante em fuga teria entrado na casa da vítima e um tiro teria sido disparado por um dos policiais que participavam da operação. A bala atingiu a cabeça da menina de um ano, que estava no colo de um familiar, dando início à revolta. Assustados com os atos de violência e sem entender o que estava acontecendo, moradores das áreas próximas da delegacia deixaram suas casas às pressas. Alguns ficaram trancados dentro dos imóveis, com as luzes apagadas, para evitar chamar a atenção.

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A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, por meio de nota, que o secretário Maurício Barbosa, o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Moisés Damasceno, e a corregedora-chefe da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), delegada Heloísa Campos de Brito, foram à cidade para auxiliar nas apurações das ocorrências. Ainda de acordo com o texto, a arma do policial civil que participava da operação e da qual teria sido feito o disparo que atingiu o bebê foi apreendida e passará por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Delegados da Correpol também foram deslocados para Amargosa para ouvir testemunhas e o policial envolvido. A nota informa que um inquérito e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso.

(Com Estadão Conteúdo)

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