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Aluna estuprada em escola de SP pede ‘desculpas’ à mãe

Menina depõe aos investigadores, e Polícia Civil deve encaminhar inquérito para a Vara da Infância e Juventude decidir sobre internação de três estudantes

Por Da Redação
20 Maio 2015, 16h57
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  • A mãe da estudante de 12 anos que foi estuprada por três colegas na Escola Estadual Leonor Quadros, no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo, disse que a filha sentiu culpa e pediu desculpas à família ao contar que havia sido vítima de um ataque sexual. O crime durou quase uma hora dentro do banheiro masculino do colégio. “Minha primeira atitude foi cobrir a minha filha com todo o amor que eu tenho”, disse a mãe, que preferiu não se identificar. “Ela só me pedia desculpas e se sentia muito culpada pelo que tinha acontecido com ela. Nós da família estamos sofrendo muito, mas quem fecha os olhos e se lembra de tudo o que aconteceu é ela, por isso vamos continuar dando todo o nosso amor para que ela volte ser contagiada por sentimentos bons.”

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    Aluna estuprada em escola de SP reconhece suspeito

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    Menina é estuprada por colegas em escola pública de SP

    Nos dias seguintes ao ataque, ocorrido em 12 de maio, um dos estudantes que participou da agressão sexual procurou a menina no Facebook. “Ele mandou uma mensagem dizendo que não tinha sido ele. Minha filha ainda teve o sangue frio de responder, falando que olhou nos olhos dele [no dia do crime] e sabia muito bem o que o menino tinha feito”, relatou.

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    Apenas um dos adolescentes conhecia a vítima. Ele aplicou na menina um golpe de enforcamento conhecido como “gravata” e a arrastou para o banheiro. Segundo a mãe, a filha contou que o mesmo estudante incentivou outros dois colegas a participarem do estupro. “Eles tiraram toda a roupa dela. Nessa quase uma hora que ela ficou no banheiro, em nenhum momento ela desmaiou. Infelizmente ela se lembra de tudo o que aconteceu.”

    De família evangélica, a menina faz aulas de break dance na igreja que a família frequenta, além de participar de um grupo de dança de rua. Caseira, ela gosta de ouvir música, assistir a programas de culinária na TV e sonha trabalhar como psicóloga.

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    “Meu medo é que tenham tirado o brilho da minha filha. Ela é apenas uma criança linda, sem maldade nenhuma e que agora passa o dia na cama sentindo os efeitos colaterais dos remédios que precisa tomar. O corpo dela ainda é muito frágil para tanto medicamento”, contou a mãe. Por um mês, a menina, que era virgem, terá que ingerir coquetéis contra doenças sexualmente transmissíveis.

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    No dia seguinte, a estudante ainda teve que voltar à escola. O diretor da unidade mostrou fotos dos meninos para que ela os reconhecesse, mas a aluna teve uma crise de choro. Nesta terça, a ela prestou depoimento à Polícia Civil pela primeira vez e fez o reconhecimento fotográfico de um dos adolescentes.

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    Nesta quarta-feira, a Polícia Civil deve encaminhar um inquérito para a Vara da Infância e Juventude, órgão responsável por pedir a internação dos adolescentes na Fundação Casa. Pouco antes de o caso ser revelado, um dos menores se mudou com a família e até agora não foi localizado.

    A Secretaria de Estado da Educação disse que abriu uma “apuração preliminar para averiguar a conduta da direção da escola”. Para a mãe, a unidade de ensino foi omissa. “Eles tinham que ter acreditado nela na hora e chamado a polícia. Se o estupro não tivesse saído na imprensa, o caso não estaria sendo esclarecido com a mesma velocidade dos últimos dias”.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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