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Além de morte de Henry, Jairinho vai responder por tortura de criança

Casos foram revelados e detalhados por VEJA na edição de 2 de abril; policia ainda investiga espancamento de outro menino

Por Marina Lang Atualizado em 30 abr 2021, 17h33 - Publicado em 30 abr 2021, 15h24

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu, nesta sexta-feira, 30, um dos inquéritos que investigava o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, preso no último dia 8 de abril pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, após uma sessão de espancamentos.

Dr. Jairinho vai responder por tortura majorada contra uma menina, hoje com 13 anos, perpetrada entre o final de 2010 até 2013. A criança, que na época tinha entre três e cinco anos, era filha de uma ex-namorada do vereador. Outro inquérito está sendo apurado pelos policiais: o de um menino que foi pisoteado pelo parlamentar com apenas 3 anos. Os dois casos foram revelados, em detalhes, por VEJA no último dia 2 de abril.

De acordo com Adriano França, delegado-titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), não foi comprovado abuso sexual contra a garota na época. A apuração sobre a tortura contra a menina está completa e coletou provas materiais buscadas em hospitais, fotografias da época, depoimento especial da criança e testemunhas.

As investigações, que correm à parte da apuração da 16ª DP (Barra da Tijuca) surgiu no bojo do caso Henry, segundo esclareceu o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

O delegado França afirmou ainda que vai pedir a prisão de Dr. Jairinho novamente – caso a Justiça aceite, a prisão temporária do vereador vai ser convertida para preventiva.

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Dr. Jairinho foi descrito pelos policiais como um homem com perfil violento contra crianças pequenas, sobretudo na faixa etária entre 3 a 5 anos.

“Da mesma forma que era violento com as crianças, tinha o lado carinhoso, mas apenas no convívio social. As agressões eram feitas às escondidas”, disse França.

O inquérito que investiga o espancamento de outro menino, também filho de uma ex-namorada de Dr. Jairinho, segue em andamento. França não quis dar mais detalhes porque, segundo ele, isso poderia atrapalhar as investigações.

Conforme revelado por VEJA, uma ex namorada de Jairinho, Débora Mello Saraiva, contou em depoimento à polícia que, em 2015, o menino e a irmã, também menor de idade, acordaram para beber água. O vereador estava acordado e Débora estava dormindo. Jarinho mandou a menina, que é mais velha que o irmão, pegar água e ir deitar, pois ele cuidaria do garoto – à época com 3 anos incompletos. A mulher contou que o filho lhe disse que Dr. Jarinho “colocou um papel e um pano na boca dele, e disse que ele não poderia engolir”. O parlamentar, então, teria deitado a criança pequena no sofá da sala, ficado em pé no sofá e apoiado todo o peso do corpo dele com os pés acima do menino. O garotinho teria relatado ainda que conseguira se desvencilhar, chamara pela mãe e que ela não conseguia acordar. Dr. Jairinho conseguiu alcançá-lo, levou a criança “até o estacionamento, para dentro do carro”, e que o vereador teria colocado um saco plástico na cabeça do menino. Em seguida, ficou dando voltas com o veículo.

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