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Adolescente se fingiu de morto para escapar de PMs

O que estava com ele teria sido executado pelos agentes, que estão presos

Por Da Redação
19 jun 2014, 12h20

Um dos adolescentes levados por PMs para o alto do Morro do Sumaré, na Zona Norte do Rio, revelou que só conseguiu sobreviver porque se fingiu de morto após ser baleado na perna e nas costas. O outro, Mateus Alves, de 14 anos, foi executado com um tiro de fuzil na cabeça. Suspeitos, os cabos Fábio Magalhães Ferreira, de 35 anos, e Vinícius Lima Vieira, de 32, tiveram a prisão temporária decretada na quarta-feira.

Os dois menores praticavam assaltos na Avenida Presidente Vargas, no Centro, e foram perseguidos pelos PMs. O GPS da viatura mostra que, já com os adolescentes capturados, os agentes passaram em frente à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – para onde eles deveriam ter sido levados. O carro, porém, passa reto pelo local, em direção à favela. “Esse procedimento não é aquele que a Polícia Militar preconiza”, criticou o coronel Sidney Carmargo, corregedor da PM.

“Às 10h29, o primeiro adolescente é retirado de dentro do carro e levado para uma ribanceira e lá, ao que parece, executado. Um adolescente é morto, o outro recebe dois tiros, um nas costas e outro na perna”, detalhou o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, que investiga o caso. “Não temos condição de dizer o que efetivamente eles fizeram ou como fizeram, mas posteriormente, a gente verifica que eles descem com a viatura sem a presença dos adolescentes”, completa o coronel.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o adolescente que sobreviveu, contou o que aconteceu com ele no alto do morro. “Já me botaram no chão atirando no meu joelho. O outro já foi e falou assim: ‘Pega o fuzil lá’. Foi já pegando o fuzil e dando nas minhas costas.” Acreditando que ele estava morto, os PMs foram embora. O garoto foi buscar ajuda na favela vizinha, o Morro do Turano, de onde foi levado à casa da família do colega morto, para contar o que aconteceu.

O adolescente já prestou depoimento, assim como os policiais militares presos. Vinícius Lima Vieira admitiu ter levado os dois ao morro para repreendê-los, mas afirmou que eles foram liberados pouco depois. Já Fábio Magalhães Ferreira decidiu fazer uso do direito de só falar em juízo. Os cabos vão responder por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.

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