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Por Duda Monteiro de Barros
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O lançamento de bolos que viralizou explicado pela Física

Com quase cinco milhões de visualizações, conceitos físicos podem explicar o sucesso nos lançamentos

Por André Siqueira
Atualizado em 30 jul 2020, 20h38 - Publicado em 15 dez 2017, 18h56

A moda de arremessar coisas, para que elas completem um flip – uma volta completa em torno do seu eixo – parece ter ganhado uma nova modalidade. Após o desafio da garrafa, The Bottle Flip Challenge, viralizar nas redes sociais no ano passado, a página eighty83three, no Facebook, inovou e traz um compilado de arremessos de bolos. Acredite se quiser! Visualizado mais de 4,6 milhões de vezes, Cake Flip tem agitado as redes sociais.

O desafio da garrafa virou febre após o estudante Mike Senatore, aluno da University of South Carolina, apresentar esta atração em um show de talentos da universidade. A brincadeira bombou e se tornou uma prática recorrente em colégios, rodas de conversa e afins, por conta da facilidade na execução: bastava girar uma garrafa com pouca água e torcer para que ela caísse de pé. Agora, com o desafio do bolo, #VirouViral traz aspectos interessantes da nova modalidade.

O padrão explicado pela Física 

Segundo o professor Gil da Costa Marques, do Instituto de Física da USP, completar o desafio da garrafa é muito mais difícil, se comparado aos lançamentos de bolo. ”Um corpo rígido é aquele cuja forma não varia, mesmo se submetido a diversas forças externas. É aquele que tem sua dinâmica conhecida e, comparando os casos, a garrafa com líquido não se comporta como um corpo rígido, mas o bolo sim”, explica ao blog.

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Outro conceito que ajuda a entender o comportamento do bolo durante sua queda é o centro de massa, ou seja, o ponto no qual toda a massa do corpo está concentrada. Comparando os dois desafios novamente, no caso do Cake Flip, segundo o docente da USP, o tempo para o bolo cair é o tempo que o centro de massa gastará para atingir o solo. ”Por outro lado, durante a rotação, a garrafa com água terá o centro deslocado, o que dificulta a previsão do movimento”, diz ao #VirouViral. 

Para Marques, algumas características explicam o sucesso das garotas: os bolos parecem ter massas semelhantes e são lançados com forças não muito distintas de alturas bastante parecidas. Além disso, a trajetória descrita pelos bolos tem uma característica em comum. ”Elas seguram os bolos pelas beiradas e, a partir de uma força aplicada, com determinada velocidade inicial, executam um movimento responsável por rotacioná-los. De modo geral, antes da queda, eles sobem”, analisa. ”Com exceção do lançamento feito do alto de uma escada, as situações pouco diferem. Por isso, os resultados obtidos não me surpreendem muito”, opina o professor.

Repercussão negativa

Publicado no final de novembro, o vídeo da página eighty83three tem mais de 23 mil reações dos espectadores. Dessas, quase oito mil são negativas, assinaladas com o ”grr”, no Facebook. Além disso, nos comentários, chama a atenção o número de comentários negativos, que condenam o desperdício de alimento e a futilidade por trás da brincadeira.

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Tradução: #cakeflip é a m*rda mais estúpida que já vi. Por que você não doa aquele bolo para pessoas que o comeriam? Há pessoas passando fome e pessoas estão gastando comida para ganhar curtidas e tweets. Saia daqui.

 

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