‘Pedro Coelho’ leva o livro clássico para o cinema – com graça
Personagem da inglesa Beatrix Potter (1866-1943), uma espécie de precursor do Pernalonga, busca legumes em horta proibida – e também sua mãe em uma amiga
Pedro Coelho, o filme de Will Gluck, é uma graciosa adaptação de Petter Rabbit, livro da inglesa Beatrix Potter (1866-1943) que é um clássico da literatura infantil britânica. À frente de uma verdadeira gangue, formada pelas irmãs trigêmeas e pelo primo, Benjamin, Pedro arquiteta ataques à horta do ranzinza Severino McGregor, que ameaça prendê-los em armadilhas e transformá-los em empadão, assim como fez com o pai de Pedro — o casaco azul usado pelo coelho foi o que restou da tragédia. Quem os salva é uma vizinha gentil, que trocou a cidade pelo campo, onde tenta pintar quadros, um mais feio que o outro. Afeita aos coelhos, ela assume um papel maternal para Pedro, que também já perdeu a mãe. É por isso que, quando McGregor tem um ataque cardíaco e cai duro sobre a horta que tanto defendia, a comemoração dos bichos dura pouco. Um sobrinho-neto aparece como herdeiro da propriedade e engata um romance com a vizinha, para ciúme e desespero de Pedro, que apronta das suas – e são daquelas – em uma divertida sequência de acidentes e reviravoltas.