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Por Coluna
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Karina Buhr: protesto ao som de batuques violentos

A cantora está lançando 'Desmanche', seu quarto - e melhor - álbum, onde alterna letras com forte acento político e social com belas canções de amor

Por Da Redação 21 ago 2019, 12h30

 

(Hélia Scheppa/Divulgação)

Karina Buhr não lança discos, distribui manifestos. E que  manifestos… Baiana criada no Recife e radicada em São Paulo, a cantora tem quatro álbuns lançados, nos quais expressa suas visões particulares sobre a política, o feminismo, o amor e o mundo. Desmanche, lançado no início de agosto e por enquanto disponível nas plataformas virtuais, é o melhor trabalho de sua carreira solo, iniciada em 2010. Não apenas pelo discurso, afinado com os estranhos tempos políticos e sociais que dominam o Brasil hoje, mas também pela concepção sonora: os tambores de maracatu, percussão e a guitarra de Régis Damasceno – ora distorcida, ora com influências da música africana – estão no mesmo plano da voz de Karina. As letras saem raivosas, cuspidas numa ferocidade que lembra a cena punk de São Paulo: “Estamos oferecendo um exército que atravessa a tudo/ Que viva a passar/ O sofisticar é a onda/ Mais intensidade no matar”, diz a letra de Temperos Destruidores, protesto construído com percussão, guitarra e teclados. O rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, é um dos temas abordados nos versos de A Casa Caiu, outro momento forte do álbum. “Do lado da luz, vitória e dinheiro/ Corpo do minerador, com a cruz e a pá no cativeiro.” Sangue Frio, que abre Desmanche, traz uma das melhores qualidades de Karina: o jogo de palavras, expresso nos versos “O tempo tá matador/ O exército tá matador/ Precisando exercitar paz e amor.” Nas entrevistas de divulgação do álbum, Karina diz que o título Desmanche significa tanto o desmanche (no caso, do governo) quanto o de se desmanchar, falar de amor. Por conta disso, as explosões de fúria se alternam com canções bonitas como Amora e Peixes Tranquilos. O álbum traz ainda duas participações especiais: o rapper Max B.O. está no bolero Filme de Terror e a cantora Isaar, que integrou o grupo Comadre Fulozinha ao lado de Karina, faz um dueto com a cantora em Vida Boa é do Atrasado, construída apenas pelas vozes das cantoras, ganzá, pandeiros e bombos.

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