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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Yabba Dabba Doo: 50 Anos de Os Flintstones

No dia 30 de setembro de 1960 estreava pelo canal ABC a primeira série animada adulta da TV exibida em rede nacional no horário nobre. Ao longo dos anos, seus personagens e tema musical incorporaram-se à cultura popular americana, sendo conhecida em outros países do mundo onde foi exibida, incluindo o Brasil. Hoje o clássico […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 18h37 - Publicado em 30 set 2010, 16h52

No dia 30 de setembro de 1960 estreava pelo canal ABC a primeira série animada adulta da TV exibida em rede nacional no horário nobre. Ao longo dos anos, seus personagens e tema musical incorporaram-se à cultura popular americana, sendo conhecida em outros países do mundo onde foi exibida, incluindo o Brasil. Hoje o clássico da Hanna-Barbera completa seu meio século de vida.

Criado em 1959, por sugestão de John Mitchell, Vice-Presidente da Screem Gems, distribuidora das produções Hanna-Barbera, a série surgiu como a primeira produção do estúdio estrelada por seres humanos. Até então, a HB tinha produzido apenas três séries animadas: “Jambo & Ruivão”, “Dom Pixote” e “Pepe Legal”, todos introduzindo animais com comportamentos humanos, que estrelavam diversas aventuras narradas em cerca de cinco a sete minutos de duração.

“Os Flintstones” foi uma série concebida como uma sitcom de meia-hora explorando situações adultas do cotidiano. Tomando a série “Honeymooners”, estrelada por Jackie Gleason, como base, a produção animada adaptou personagens e situações, incluindo o modo peculiar de falar de Barney Rubble, versão de Ed Norton (Art Carney), que foi reproduzido pela dublagem brasileira.

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Tentando situar o ambiente, os produtores cogitaram várias épocas diferentes nas quais seus personagens estariam vivendo. Começando pelo período da descoberta da América, passando pelo Velho Oeste, pela Roma antiga, pelas tribos indígenas e pelos esquimós. Mas todos ofereciam um problema: a limitação proporcionada pela definição de etnia e de costumes. Assim sendo, foi definida a era pré-histórica, por ser um ambiente distante da realidade, para que os personagens pudessem viver problemas modernos, típicos da sociedade da época, sem criar conflitos com grupos ou associações. A despeito da época em que foi situada, a série produziu vários episódios natalinos, apresentando a família celebrando o nascimento de Jesus Cristo.

Originalmente batizados de “The Flagstones”, a HB chegou a produzir um episódio piloto (vídeo abaixo) para ser distribuído nas agências de publicidade em busca de anunciantes e patrocínios. O episódio não chegou a ser exibido na época, sendo liberado para o público por volta de 2006.

O título da série foi alterado pouco antes de iniciarem a produção dos episódios, para que não ocorresse confusão com outra família de mesmo nome que figurava nos quadrinhos, “Hi and Lois”, publicados em jornais da época. Quase sendo batizada de “The Gladstones”, a série recebeu seu título definitivo no início de 1960.

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Na história, Fred Flinstone, um sujeito que trabalha na Pedreira do sr. Pedregulho, é casado com Wilma, dona de casa que atura (quase) todas as vontades do marido e as mentiras que ele conta para colocar em prática mais uma ideia mirabolante. Fred é machista, preconceituoso, rabugento e se considera mais inteligente que Barney Rubble, seu melhor amigo, sujeito ingênuo e de bom coração. Casado com Betty, vizinha e amiga de Wilma, Barney embarca nas maluquices de Fred, com quem frequenta o clube Búfalos d’Água.

A série foi oferecia pela Screen Gems para o canal CBS e depois para a NBC, que recusaram a produção por ser considerada esquisita demais. A ABC, que já tinha se aventurado com a Disneylândia nos anos 50, abraçou o projeto. Na verdade, “Os Flintstones” foi vista pelo canal como uma solução para apaziguar os ânimos do público que criticava a ABC pela exibição de “Os Intocáveis”, série considerada muito violenta para a época.

Com um orçamento de 65 mil dólares por episódio, a HB produziu o segundo episódio piloto que estreou na TV conquistando a 18º posição das maiores audiências da época. Ao longo de seis temporadas, a série adaptou hábitos e fatos ocorrido na década, como a corrida espacial, o histeria do Rock’n’roll e a produção de filmes B e de espionagem à la James Bond.

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A série também homenageou a própria televisão ao oferecer episódios que retratavam o veículo ou faziam paródias às séries da época como “Peter Gunn”, “Perry Mason”, “A Lei de Burke”, “Flipper” e “A Feiticeira”, além dos programas “Candid Camera” e “Sing Along With Mitch”. Astros do cinema como Tony Curtis e Ann-Margret ganharam suas versões animadas, dubladas pelos próprios atores.

A série estabeleceu a produtora Hanna-Barbera, abrindo espaço na TV para outras produções animadas. Confiram matéria sobre a história da animação na TV.

Em 1962, “Os Flintstones” registraram um novo marco na história da TV americana ao permitir que Wilma ficasse grávida de Fred. Pedrita nasceu no dia 22 de fevereiro de 1963, levando o episódio a marcar a maior audiência da série até o momento. Com a chegada de Pedrita, os Rubbles também ganharam um filho, Bam-Bam, um garoto que foi adotado pelo casal. Em 1963, a série precisou trocar de anunciante, visto que sua temática era mais voltada para a família, abrangendo também um público infanto-juvenil.

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Assim sendo, a Reynolds Tobacco, marca de cigarro que era uma das  anunciantes da série, foi trocada pela Welch, marca de suco de laranja enlatado, e pela Skippy Peanut Buttler, marca de manteiga de amendoim. O horário da série também foi alterado: das 20h30, passou para as 19h30. Dessa forma, a partir da quarta temporada, “Os Flintstones” deixou de ser uma série animada adulta para se transformar em uma sitcom infanto-juvenil.

Ao chegar à sexta temporada, o desenho já tinha se desgastado, precisando passar por novas transformações para manter-se no ar. Foi assim que surgiu o Grande Gazoo, um extraterrestre, viajante do tempo, que veio do futuro para observar o passado da Terra. Foi o fim da série, que encerrou sua produção em 1966, ainda registrando bons índices de audiência. Por isso mesmo, foi produzido no mesmo ano um telefilme com o título de “O Agente Flintstone”.

Nos anos e décadas seguintes, a série animada promoveu o surgimento de várias spinoffs, a começar por “Pedrita e Bam-Bam”, em 1971, que ao longo de 20 episódios seguiu o estilo narrativo de “A Turma do Archie”, série animada adaptada das histórias em quadrinhos.

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Em 1973 surgiu “The Flintstones Comedy Hour”, que ganhou novos episódios em 1980; em 1979 foi a vez de “The New Fred and Barney Show”; em 1986 foi produzida a série “The Flintstones Kids”, com a versão infantil dos personagens. Em 1987, a HB também produziu o telefilme “The Flintstones Meet The  Jetsons”, na qual a produtora uniu a família da pré-história com os personagens que vivem na era espacial. Em 1993, Pedrita e Bam-Bam se casaram no telefilme “Hollyrock-a-Bye Baby”. Outros telefilmes existiram, sendo que o mais recente foi produzido em 2001: “The Flintstones: on The Rocks”.

Em 1994, foi produzida a primeira versão com atores para o cinema, estrelada por John Goodman e Rick Moranis, tendo Elizabeth Taylor como a sogra de Fred. Um segundo filme foi produzido em 2000, com “The Flintstones in Viva Rock Vegas”.

No Brasil, a série foi inicialmente exibida pelas TV Excelsior e Rede Globo. Em seu elenco de vozes estavam os dubladores Marthus Mathias (Fred), Rogério Márcico (Barney), Helena Samara (Wilma), Nícia Soares e Aliomar de Mattos (Betty), Waldir de Oliveira (Sr. Pedregulho) e Wilson Ribeiro (o Grande Gazoo).

A série completa foi lançada em DVD nos EUA, mas no Brasil teve apenas as quatro primeiras temporadas disponibilizadas nessa mídia. Justamente o período referente aos episódios adultos da sitcom.

Confiram abaixo trecho da série dublado em português:

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Participação de Ann-Margret

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