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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Por onde anda o elenco de ‘A Mulher-Maravilha’?

Adaptação de HQ, a série foi exibida entre 1975 e 1979.

Por Fernanda Furquim Atualizado em 11 dez 2016, 09h32 - Publicado em 30 out 2016, 09h30
(E-D) Beatrice Colen, Richard Eastham, Lynda Carter e Lyle Waggoner em 'A Mulher-Maravilha' (Fotos: ABC/Arquivo)
(E-D) Beatrice Colen, Richard Eastham, Lynda Carter e Lyle Waggoner em ‘A Mulher-Maravilha’ (Fotos: ABC/Arquivo)

A Mulher-Maravilha foi uma das primeiras super-heroínas da TV americana. Apesar da fama nos quadrinhos, a personagem teve uma única série (protagonizada por atores) produzida até o momento, com um total de três temporadas de 60 episódios (já incluindo o filme piloto), exibidos entre 1975 e 1979.

A personagem surgiu do interesse do psicólogo William Moulton Marston, um defensor do feminismo, em oferecer às adolescentes personagens femininas fortes, inteligentes e carismáticas. Utilizando o pseudônimo de Charles Moulton, ele criou a Mulher-Maravilha com com o objetivo de mostrar às mulheres que elas poderiam se libertar da visão que a sociedade masculina tinha delas.

A personagem fez sua estréia nos quadrinhos em 1941, ganhando uma edição própria no ano seguinte. Nessa época, os EUA estavam entrando na 2ª Guerra Mundial, o que levou os meios de comunicação americanos, sem exceção, a serem convocados para atuar em favor dos aliados e contra o nazismo. Assim, as histórias iniciais da heroína foram situadas no mesmo período.

Batizada de Diana, a personagem é apresentada ao público como uma amazona que vive na Ilha Paraíso. Nascidas de moldes de barro, elas são imortais vivendo sem a necessidade da presença do homem. Um dia, um avião americano cai na ilha e o piloto, Major Steve Trevor, é socorrido por elas. Ao tomar conhecimento sobre a guerra, Diana, filha da Rainha Hipólita, é a escolhida para levar o piloto de volta aos EUA, onde deverá permanecer para ajudá-los a derrotar o nazismo.

Utilizando a bandeira americana encontrada no avião, as amazonas fabricam as vestimentas de Diana. Entre os acessórios, o laço da verdade, braceletes feito de um material existente apenas na Ilha, capazes de repelir balas ou qualquer outro tipo de munição; e uma tiara, através da qual ela se comunica com a Ilha (sendo que a tiara também servia de bumerangue). Seu meio de transporte é um avião invisível, controlado pela mente.

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A Série

A personagem sobreviveu à morte de seu criador, em 1947. Após décadas vivendo diversas aventuras nos quadrinhos, a Mulher-Maravilha chegou à TV. A primeira tentativa de se produzir uma série com a super-heroína ocorreu na década de 1960, quando Stan Hart e Larry Siegel escreveram um roteiro que foi reformulado por Stanley Ralph Ross (Batman). A ideia era aproveitar o sucesso da série Batman para produzir uma versão cômica da Mulher-Maravilha. Um piloto de cinco minutos de duração foi produzido para teste.

Na história, Diana (Ellie Wood Walker) vive nos EUA em um pequeno apartamento, junto com sua mãe, Hipólita, que estava decepcionada com a filha por ela ainda ser solteira e ficar perdendo tempo em salvar o mundo. Diana, por sua vez, era uma jovem sem graça, como um patinho feio, que se transformava na Mulher-Maravilha (Linda Harrison no reflexo do espelho).

Douglas S. Cramer, então diretor da Fox, considerou o roteiro medíocre e a série não foi produzida. Mas, no início da década de 1970, o próprio Cramer, interessado em uma produção com a personagem, desenvolveu um projeto que colocava a Mulher-Maravilha no tempo presente, atuando ao lado da CIA. Um telefilme foi produzido em 1974 com Cathy Lee Crosby, ex-tenista profissional, no papel principal. Mas a versão de Cramer para a TV não foi bem recebida pela crítica ou pelo público.

Ross foi então chamado para escrever um novo roteiro, que foi produzido em 1975. Outras atrizes foram testadas para o papel, sendo que a rede ABC exerceu pressão para que Joanna Cassidy (240-Robert, A Sete Palmos, Odd Mom Out) interpretasse a heroína,. No entanto, os produtores não aceitaram. O cobiçado papel ficou com Lynda Carter, ex-Miss Mundo, que já tinha feito testes para o primeiro telefilme. Com pouca experiência como atriz, Carter foi escolhida unicamente por sua aparência, que se assemelhava à imagem da personagem nos quadrinhos.

O telefilme foi um sucesso de público, e a rede ABC decidiu produzir mais um. No entanto, nesta época, a CBS e a NBC demonstraram interesse em uma série com a personagem, o que forçou a ABC a tomar a decisão de encomendar a primeira temporada. Situada no período da Segunda Guerra Mundial, a história introduziu vários elementos e outros personagens (como a Baronesa von Gunther, Fausta Grables e Drusilla) dos quadrinhos, sendo que o Major Steve Trevor, interpretado por Lyle Waggoner, fez parte do elenco regular.

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Apesar de conquistar uma boa audiência, a série foi cancelada pela ABC, que preferiu investir em outras produções com um orçamento menor. Ainda interessada na heroína, a rede CBS prontamente resgatou a produção, que sofreu várias mudanças criativas.

Nesta época, As Panteras já tinha estreado pela ABC, tornando-se rapidamente uma das maiores audiências da Temporada 1976-1977. Assim, buscando baratear o custo de produção de A Mulher-Maravilha e tentando capitalizar o sucesso de As Panteras, os produtores transportaram Diana Prince para o tempo presente, transformando sua aparência. Se na primeira temporada ela parecia um patinho feio, na versão da CBS ela era um cisne que vive na moda e não usa óculos.

Para justificar a presença da heroína no tempo presente, a série introduziu um novo episódio piloto, no qual Diana está de volta à Ilha Paraíso. Após salvar a vida de Steve Trevor Jr., novamente interpretado por Waggoner, ela toma conhecimento dos problemas do mundo. Assim, ela retorna aos EUA como agente secreta do governo para ajudar Steve na caça a comunistas, terroristas, traidores e até alienígenas. Na versão CBS, Steve teve sua presença reduzida em participações recorrentes.

A capacidade de Diana em se defender sozinha e solucionar casos fez com que sua transformação em Mulher-Maravilha se tornasse quase obsoleta. Isto, e o fato dos roteiros não conseguirem explorar o universo criado nos quadrinhos, levou à queda da audiência. Uma terceira temporada ainda foi produzida, na expectativa de conseguir atrair o interesse de um público jovem, o que não aconteceu, levando a série ao cancelamento em 1979.

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Desde então, ocorreram algumas tentativas de se produzir uma nova série com a personagem. Entre 1997 e 1998, foi desenvolvido pela Warner Brothers um projeto de Deborah Joy Levine (As Novas Aventuras do Superman), que não chegou a sair do papel. Em 2010, a Warner desenvolveu um novo projeto de série, com produção de David E. Kelley (Ally McBeal, Justiça Sem Limites, Goliath), o qual chegou a ganhar a da rede NBC a encomenda de um piloto para avaliação.

Estrelado por Adrianne Palicki (Friday Night Lights), o piloto trazia a heroína lutando contra o crime na cidade de Los Angeles, enquanto Diana mantém uma vida agitada sendo uma executiva bem sucedida de uma grande empresa.

Neste projeto, o uniforme da heroína teve duas versões, ambas fugindo do visual perpetuado nos quadrinhos. A primeira versão não foi aprovada pelos fãs quando a primeira foto foi divulgada. Assim, um novo uniforme foi produzido, e foi com este que o piloto foi filmado. Mas apesar dos esforços de oferecer ao público uma nova adaptação da Mulher-Maravilha, a série não foi aprovada.

Em 2012, uma nova tentativa foi feita pelo canal CW, com um projeto desenvolvido por  Allan Heinberg (Grey’s Anatomy, The O.C.). Com o título de Amazon, a história girava em torno de outra personagem, que não Diana ou a Mulher-Maravilha, mas mantendo elementos que fazem referência à heroína criada por Moulton. No entanto, este projeto também não saiu do papel.

Em 2000, começaram a surgir informações sobre uma versão cinematográfica da Mulher-Maravilha, mas somente em 2015 iniciaram as filmagens. Estrelado pela israelense Gal Gadot, o filme tem previsão de estreia para junho de 2017.

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Leia também: A Mulher-Maravilha, dos quadrinhos para a TV.
Por Onde Andam os Atores?

Entre os atores que fizeram parte do elenco fixo da série, Richard Eastham, intérprete do General Philip Blankenship na primeira temporada, faleceu em 2005, aos 89 anos de idade, de complicações causadas pelo Mal de Alzheimer. A atriz Beatrice Colen, que interpretou Etta Candy, a secretária do General, também já faleceu, no ano de 1999, aos 51 anos de idade, de câncer no pulmão. Na segunda temporada, a série introduziu o agente Joe Atkinson, que em participação recorrente trabalhou com Diana. Seu intérprete, Norman Burton, faleceu em 2003, aos 79 anos de idade, vítima de um acidente de carro.

Lynda Carter – Antes de seguir carreira de atriz, Lynda já cantava em clubes noturnos. Ela também participava de concursos de beleza, tendo ganho o título de Miss Mundo, na etapa americana, em 1972. Na disputa entre países, Lynda perdeu para a representante da Austrália, mas isto não chegou a ser um problema para ela, já que sua carreira de atriz teve início nesta época, com participações especiais em Nakia, Matt Helm e Starsky & Hutch.

Quando foi contratada para interpretar a Mulher-Maravilha, Lynda estava passando por dificuldades financeiras, sendo que não tinha mais dinheiro sequer para pagar o aluguel. A série a lançou ao estrelato, mas também marcou sua carreira, já que sua imagem ficou associada ao personagem mesmo depois da produção ser cancelada.

O sucesso não se traduziu em lucro financeiro. Em diversas ocasiões, Lynda reclamou em entrevistas que seu contrato não lhe dava direitos sobre produtos agregados ou mesmo pelas reprises. Para piorar sua situação, no início da década de 1980, ela se divorciou de Ron Samuels, seu empresário com quem se casara em 1977. Na ocasião, a atriz o acusou de lhe roubar boa parte do dinheiro que ganhou com a série.

Na década de 1990, ela fundou sua própria produtora, a Lynda Carter Productions, com o objetivo de dar às mulheres melhores oportunidades de trabalho. Neste meio tempo, estrelou duas séries, a policial Jogo de Damas (Partners in Crime/Fifty Fifty), ao lado de Loni Anderson; e o faroeste Hawkeye, adaptação da obra de James Fennimore Cooper, ao lado de Lee Horsley (Caixa Alta/Matt Houston).

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Ao longo dos anos, ela fez poucos trabalhos como atriz, dedicando-se mais à sua carreira como cantora, a qual retomou em 1979. Além de estrelar especiais para a TV e se apresentar em shows, Lynda também estrelou alguns musicais, como Chicago, e gravou vários álbuns.

Lynda em 2016 (Foto: JB Lacroix/WireImage)
Lynda em 2016 (Foto: JB Lacroix/WireImage)

Em 1984, ela se casou com o advogado Robert Altman, com quem foi viver em Washington. Nos anos 90, seu marido foi acusado de fraude bancária, o que o levou a enfrentar um processo judicial, sendo declarado inocente no final.

Em entrevista a um programa apresentado por Oprah Winfrey em 2013, Lynda falou sobre sua dependência ao álcool. Segundo a atriz, ela começou a beber durante o período em que esteve casada com Samuels, sendo que seu vício se tornou um problema quando Altman foi processado. Em 1998, ela se internou em uma clínica de reabilitação para se livrar da dependência e para tratar uma depressão.

Atualmente com 65 anos de idade, Lynda mantém sua carreira de cantora uma prioridade. Como atriz, tem feito participações especiais em episódios de séries, sendo a mais recente Supergirl, na qual interpretou a Presidente Olivia Marsdin no primeiro episódio da segunda temporada. Ela também estará no filme Super Troopers 2, como a Governadora Jessman.

Lynda tem dois filhos de seu casamento com Altman, Jason (atualmente com 29 anos) e Jessica (com 26 anos).

Os fãs que desejarem acompanhar sua carreira poderão acessar sua página oficial.

Lyle Waggoner – Nascido no Texas, Lyle se mudou com a família para St. Louis quando tinha cinco anos. Mais tarde, serviu no exército, atuando como operador de rádio na Alemanha por dois anos. Depois que deixou o serviço militar, Lyle se inscreveu em um curso de engenharia mecânica oferecido pela General Motors.

Nesta época, vendia enciclopédias para pagar suas contas. Mas seus clientes viviam lhe dizendo que ele deveria tentar a carreira de ator. Em função disso, Lyle buscou trabalhos em produções teatrais regionais, onde estreou como figurante em uma montagem de Li’l Abner. Tomando gosto pelo meio, ele se mudou para Los Angeles, onde se matriculou no curso de atores dos estúdios Fox.

Ele iniciou sua carreira artística fazendo figuração ou pequenos papeis em filmes de baixo orçamento e em episódios de séries, como Gunsmoke, Perdidos no Espaço e Marcus Welby. Ele também disputou com Adam West o papel de Bruce Wayne/Batman na série da década de 1960.

Mas sua grande chance veio com o humorístico The Carol Burnett Show, produzido entre 1967 e 1978. Fazendo parte do elenco regular de comediantes, Lyle atuou em diversas esquetes que lhe deram a experiência de atuar ao vivo. Neste meio tempo, atuou em diversas montagens teatrais e posou nu para revista Playgirl.

Interessado em seguir com sua carreira, o ator deixou o programa em 1974. No ano seguinte, foi contratado para interpretar Steve Trevor. Durante a produção da série, o ator percebeu que os estúdios, de um modo geral, tinham dificuldades de conseguir camarins para seu elenco quando em locação. Até então, eles utilizavam motorhomes que eram utilizados para este fim. Estes veículos eram geralmente alugados de empresas que atuavam na área em que as filmagens eram feitas, ou de moradores da região. Isto lhe deu a ideia de criar seu próprio negócio. Após entrar em contato com o departamento responsável pela locação, ele tomou conhecimento das necessidades que os estúdios tinham.

Assim, Lyle adquiriu um motorhome e o remodelou para que pudesse ser utilizado como camarim. O veículo começou a ser alugado pelo estúdio, conquistando a aprovação dos atores que o utilizavam. Assim, seu negócio cresceu, levando o ator a adquirir outros motorhomes, que também foram remodelados e alugados para diversos estúdios. Em 1979, Lyle montou uma empresa, a Star Waggons, que locava 90 motorhomes adaptados.

O negócio que surgiu quase por acaso e que servia para Lyle como uma tábua de salvação, caso não se estabelecesse como ator, acabou se tornando sua principal fonte de renda. Razão pela qual ele fez poucos trabalhos como ator, após o cancelamento de A Mulher-Maravilha.

Em 1988, ele parou de adquirir motorhomes e passou a fabricar seus próprios trailers para locação e venda, já na forma como seriam utilizados pelas equipes de produção (entre standard e de luxo) com sala de estar, dormitório, banheiros e uma área para maquiagem e de troca de roupa espelhada. Nesta época, ele também começou a fabricar trailers sob encomenda, personalizando-os segundo instruções de cada artista; bem como trailers que são utilizados como salas de aula para atores mirins. Um vídeo com imagens do interior de alguns trailers pode ser visto aqui.

Lyle e sua esposa Sharon (Foto: Star Waggons)
Lyle e sua esposa Sharon (Foto: Star Waggons)

Atualmente com 81 anos, Lyle está afastado do comando da empresa, que está sob os cuidados dos dois filhos, Jason Waggoner, publicitário, e Beau Waggoner, arquiteto, frutos de sua relação com Sharon Kennedy, com quem está casado desde 1960.

Em entrevistas, Beau disse que começou na empresa como auxiliar, lavando e consertando trailers. Conforme ia adquirindo experiência, subia de cargo. Já Jason entrou na empresa em 2002, depois de trabalhar durante anos em empresas petrolíferas e em financeiras.

Ao longo de sua carreira artística, Lyle teve poucas participações especiais em episódios de séries e filmes. Ele também estrelou alguns infomerciais e foi apresentador e produtor do Consumer America, programa que apresentava novidades do mercado consumidor. Mas o ator se afastou definitivamente da carreira no início da década de 2000.

Debra Winger – A intérprete de Drusilla, irmã de Diana, nasceu em uma família ortodoxa judia, razão pela qual ela demorou para compartilhar com eles seu sonho de ser atriz.

Mas, após sofrer um acidente em um parque de diversões, no qual trabalhava meio período, Debra, então com 17 anos, decidiu que seguiria carreira artística caso conseguisse se recuperar.

No acidente, que a deixou em coma por três dias, ela sofreu hemorragia cerebral, que a deixou parcialmente paralisada e cega por quase um ano. Assim que se recuperou, Debra largou os estudos, se mudou para Los Angeles e iniciou um curso de atuação.

Seu primeiro trabalho foi o filme Slumber Party ’57, de 1976. No mesmo ano, ela foi contratada para interpretar Drusilla, vista em três episódios de A Mulher-Maravilha.

A personagem deveria se tornar recorrente ao longo da primeira temporada, mas dizem que Debra, desiludida com este trabalho, utilizou seu salário para contratar um advogado que a liberasse de seu contrato.

Após mais algumas participações em episódios de séries, ela se tornou conhecida do grande público com o filme Cowboy do Asfalto, de 1980, com o qual foi indicada ao Golden Globe. O reconhecimento da indústria veio em 1982, com A Força do Destino, que lhe deu indicações ao Golden Globe e ao Oscar; e com Laços de Ternura, de 1983, que lhe rendeu nova indicação ao Oscar.

A partir daí, Debra se estabeleceu como atriz de cinema, voltando a trabalhar em séries de TV em 2010, com uma participação em Lei & Ordem e a última temporada de Em Terapia/In Treatment, remake americano da israelense BeTipul.

Atualmente com 61 anos de idade, Debra está no elenco da sitcom The Ranch, produção do Netflix. Ela também poderá ser vista no filme The Lovers, que será lançado em 2017.

Ao longo dos anos, Debra ganhou fama de ‘atriz difícil’ o que, de certa forma, prejudicou sua carreira. Ainda assim, seu talento lhe garantiu boas ofertas de trabalho, embora tenha recusado algumas produções que depois se tornaram famosas, como Os Caçadores da Arca Perdida e Atração Fatal.

Debra em 2015 (Foto: Andrew Toth/FilmMagic)
Debra em 2015 (Foto: Andrew Toth/FilmMagic)

Em 1986, ela se casou com o ator Timothy Hutton (American Crime), com quem teve um filho, Emmanuel Noah Hutton (atualmente com 29 anos). Esta união a afastou de sua mãe, que não aceitou o fato dela ter se casado com alguém que não era judeu. A união terminou em divórcio em 1990. Em 1995, ela se casou com o também ator Arliss Howard (Rubicon, True Blood), com quem teve Gideon Babe Ruth Howard (atualmente com 19 anos).

Nesta época, a atriz se afastou da carreira por seis anos, período em que ela aproveitou para se dedicar aos filhos, embora ela tenha feito alguns trabalhos no teatro, como a peça Ivanov, da obra de Anton Chekhov, em 1999. Este foi o segundo afastamento de Debra que, após sofrer um acidente de bicicleta em 1985, machucou as costas, o que a levou a perder a oportunidade de estrelar o filme Peggy Sue, Seu Passado a Espera.

EveS. Pearl Sharp – Na época em que interpretou Eve, assistente de Steve Trevor na segunda temporada da série, a atriz utilizava o nome artístico de Saundra Sharp.

Ela iniciou sua carreira no rádio, em Ohio, mudando-se para Nova Iorque na década de 1960, onde se envolveu com o movimento artístico, em especial o da cultura negra. Fazendo uso de um programa do governo que auxiliava os estudos de pessoas de baixa renda, Saundra estudou arte dramática e fez cursos de roteiro. Nesta época, escreveu sua primeira peça e publicou seus primeiros poemas.

Na década de 1970, fundou o grupo Poets & Performs e o Poets Pay Rent, Too que encenavam poesias em escolas e comunidades. Ela também esteve em alguns musicais da Broadway e fez pontas em filmes, bem como programas de rádio e comerciais.

Participando do movimento dos direitos civis, ela se tornou mais conhecida no meio artístico, o que a levou a conseguir alguns trabalhos na TV, onde chegou no final da década de 1960. Em 1978, foi contratada para o elenco recorrente de A Mulher-Maravilha, onde foi vista em cinco episódios. Entre 1984 e 1987, ela teve participações recorrentes em St. Elsewhere.

Saundra em foto mais recente. (Foto: aalbc.com)
Saundra em foto mais recente. (Foto: aalbc.com)

Na década de 1980, integrou o Black Anti-Defamation Coalition, movimento que cobrou da indústria do entretenimento mais participação de profissionais negros em suas produções e menos estereótipos. Em 1980, com a ajuda do escritor Alex Haley (Raízes), ela publicou um guia de técnicos negros que atuavam na indústria até então, sendo que a obra foi utilizada como referência para o livro The Black History Film List.

Na década de seguinte, Saundra se afastou da TV e passou a trabalhar com documentários voltados para a cultura negra, área na qual continua atuando como cineasta independente. Ela também continuou trabalhando no teatro, como autora e atriz, e como escritora. Durante anos, foi editora da Juneteenth Audio Books, da Time-Warner, primeira empresa voltada para livros áudios sobre a cultura negra.

Atualmente com 74 anos de idade, Saundra mantém sua carreira artística e  ministra workshops que utiliza a arte como meio de tratamento holístico.

Cliquem nas fotos para ampliar.

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