Acusada de plágio, ‘Touch’ faz sua estreia mundial
A nova série de Tim Kring (Heroes) estrelada pelo ator Kiefer Sutherland (24 Horas) terá estreia mundial esta noite, incluindo o Brasil, onde será exibida pelo canal Fox a partir das 22h. Nos EUA, o segundo episódio será apresentado no dia 22 de março, quinta-feira, dia da semana em que Touch terá novos episódios. No Brasil, […]
A nova série de Tim Kring (Heroes) estrelada pelo ator Kiefer Sutherland (24 Horas) terá estreia mundial esta noite, incluindo o Brasil, onde será exibida pelo canal Fox a partir das 22h. Nos EUA, o segundo episódio será apresentado no dia 22 de março, quinta-feira, dia da semana em que Touch terá novos episódios. No Brasil, o segundo episódio será exibido apenas no dia 26 de março, próxima segunda-feira, dia da semana em que o canal Fox programou para exibir a série.
Com treze episódios encomendados para sua primeira temporada, Touch fez sua pré-estreia nos EUA no final de janeiro, quando registrou a média de 12 milhões de telespectadores, com 3.9/10 de rating/share entre o público alvo do anunciante, faixa etária entre 18 e 49 anos.
Vendida a mais de 100 países, incluindo a China, a série é a grande aposta do canal Fox para a atual temporada, depois dos fracassos de audiência de Terra Nova e Alcatraz, duas produções que estrearam na Temporada 2011-2012. A expectativa é tanta que o estúdio chegou a suspender a produção da versão cinematográfica de 24 Horas, prevista para ter início em abril, alegando que, além dos problemas de orçamento, as filmagens poderiam atrasar a liberação do ator para a produção de uma segunda temporada de Touch.
Pelo piloto, Touch não consegue preencher as expectativas geradas. Nem tanto por sua proposta, mas por seu roteiro fraco, repleto de explicações, que se apóia no melodrama, conduzindo a opinião do telespectador.
Touch explora a visão sentimentalista de situações que abordam questões humanas. A ideia é estimular o telespectador a aproveitar a maneira como o mundo está interligado para auxiliar o próximo.
Para tanto, a série cria um ambiente de mistério, que não exige uma conclusão, como forma de manter o interesse do público na história. Mas se tirarmos isso, Touch nada mais é que a continuação de produções como O Homem que Veio do Céu ou O Toque de um Anjo.
Kiefer interpreta Martin Bohm, um ex-jornalista que perdeu a esposa nos ataques do 11 de setembro. Desde então, ele vem realizando diversos trabalhos, em diferentes áreas, sem se prender a nenhum.
Atualmente, ele trabalha no setor de bagagens do aeroporto internacional de Nova Iorque. Martin tem um filho autista, Jake (David Mazouz), com quem é incapaz de se comunicar. Sem pronunciar uma única palavra e ter aversão ao toque humano, Martin demonstra interesse por aparelhos eletrônicos, em especial celulares, e por números. Seu comportamento se torna perigoso quando ele passa a escalar torres de telefonia móveis. Em função disso, Martin recebe a visita de Clea (Gugu Mbatha-Raw, de Undercovers), uma assistente social encarregada de avaliar sua capacidade de cuidar de Jake.
Logo Martin percebe que Jake é capaz de se comunicar a através de números, o que o leva a buscar ajuda do professor Arthur DeWitt (Danny Glover), um homem que explica a Martin como funciona o sistema de números utilizado por seu filho: eles prevêm o futuro próximo de pessoas espalhadas pelo mundo, que estão em busca de algo ou alguém. Assim, Martin decide ajudar essas pessoas, apesar de não conhecê-las.
O mesmo tema já foi explorado com sucesso na década de 1980 com a série Contratempos/Quantum Leap, na qual um viajante do tempo utilizava a teoria da física quântica para ajudar pessoas em diferentes épocas e lugares a mudarem seus respectivos futuros.
Touch já estreia com uma acusação de plágio. O autor Everett Hallford acusa Kring, Sutherland (que é produtor executivo da série) e as empresas produtoras de infringirem os direitos autorais de seu livro, Visionary, publicado em 2008. Halford entrou com um processo na corte federal esta semana.
Halford aponta diversas similaridades que a série teria com seu livro, entre elas, a presença de um menino autista capaz de compreender a interconectividade de todas as coisas, de se comunicar através de código criptografado e de prever o futuro, bem como a presença de um jornalista que sofre com a perda da esposa.
Esta é a segunda vez que Kring é acusado de plágio. Em 2010, Jazan Wild processou o roteirista e produtor (através de sua produtora, a Tail Wind) acusando-o de ter copiado sua novela gráfica Carnival Souls na série Heroes.
Cliquem nas imagens para ampliar.
Fernanda Furquim: @Fer_Furquim
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