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Por Sérgio Rodrigues
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
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Cadê a origem de ‘cadê’?

O advérbio “cadê” é uma palavra genuinamente brasileira que, segundo o Houaiss, ganhou seu primeiro registro em 1912, no livro “Contos do sertão”, de Viriato Correa. Trata-se de uma variação mais graficamente esdrúxula – e no entanto, como já se pode afirmar sem susto cem anos depois, indiscutivelmente mais bem-sucedida – de “quede” (ou “quedê”), […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 02h03 - Publicado em 24 fev 2015, 15h24

O advérbio “cadê” é uma palavra genuinamente brasileira que, segundo o Houaiss, ganhou seu primeiro registro em 1912, no livro “Contos do sertão”, de Viriato Correa. Trata-se de uma variação mais graficamente esdrúxula – e no entanto, como já se pode afirmar sem susto cem anos depois, indiscutivelmente mais bem-sucedida – de “quede” (ou “quedê”), outro regionalismo brasileiro.

Tanto “cadê” quanto “quede/quedê” têm valor interrogativo e são contrações populares de uma mesma expressão: “que é de”, ou seja, “que é feito de”, “onde foi parar”, “onde está?”. Pelo menos desde o Modernismo, “cadê” vem reivindicando um lugar no registro culto brasileiro, a tal ponto que hoje mal se percebe sua origem plebeia.

Para deixar claro que seu surgimento enriqueceu o português, e não o contrário, bastam os seguintes versos do poema “Essa negra Fulô”, de Jorge de Lima, com os quais o Aurélio ilustra o verbete “cadê”:

Ó Fulô? Ó Fulô?
Cadê meu lenço de rendas,
cadê meu cinto, meu broche,
cadê meu terço de ouro
que teu Sinhô me mandou?

Publicado em 30/12/2010.

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