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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Porto Alegre tem mais que o dobro da taxa de homicídios do Rio

Cidade gaúcha tem, proporcionalmente, mais crimes do que capital de estado com intervenção federal

Por Paula Sperb
Atualizado em 19 jun 2018, 21h14 - Publicado em 19 jun 2018, 18h47

Capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, tem mais que o dobro da taxa de homicídios do Rio de Janeiro, capital do único estado sob intervenção federal em decorrência do caos da segurança pública, conforme os dados do “Atlas da Violência 2018 – Políticas públicas e retratos dos municípios”, divulgado na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal.

Segundo a pesquisa com dados de 2016, a taxa de homicídios de Porto Alegre a cada 100.000 habitantes é de 55,6, enquanto a taxa do Rio de Janeiro é de 25,8. Porto Alegre fica entre Macapá (AP), cuja taxa é de 56,1, e São Luís (MA), com taxa de 55,5. Entre as dez capitais com as maiores taxas de assassinatos, Porto Alegre é a única do Sul.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma epidemia de assassinatos quando são registrados mais de dez casos a cada 100.000 habitantes. Segundo o órgão, portanto, Porto Alegre vive uma epidemia de homicídios.

Procurada por VEJA, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que tem “ciência de que a situação de Porto Alegre é diferente, quando comparada às demais capitais brasileiras” (veja nota completa abaixo).

Os dados de 2016 se referem ao segundo ano de governo de José Ivo Sartori (MDB). A SSP ressaltou que os índices atualizados – a partir de 2017 e, portanto, fora do Atlas – mostram queda nesse tipo de crime. O estado vive uma grave crise financeira com parcelamento sucessivo nos salários dos policiais militares e civis – Judiciário e Legislativo recebem normalmente.

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Conforme o Atlas da Violência, o Rio Grande do Sul é o único estado da região com alta gradativa de homicídios entre 2006 e 2016. Em comparação, São Paulo, por exemplo, apresentou queda de 46,7% na taxa de homicídios. No Rio Grande do Sul, em 2006, a taxa de homicídios a cada 100.000 habitantes era de 18,1. Em 2016, a taxa saltou para 28,6 casos, um aumento de 58%.

Outro número revelado pelo Atlas da Violência com crescimento significativo foi a taxa de assassinato de negros no estado, que aumentou 93,4%, de 19,1 casos a cada 100.000 pessoas em 2006 para 36,8 homicídios a cada 100.000 moradores em 2016. Em São Paulo, a taxa de homicídios de negros caiu 47,7% no mesmo período.

O número total de homicídios de mulheres também aumentou no Rio Grande do Sul. A alta de assassinatos de mulheres foi de 90,1%, de 162 casos em 2006 para 308 casos em 2016. Em São Paulo, no mesmo período foi de queda de 35,7%.

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Nota da SSP do RS:

“O Atlas da Violência coloca o Rio Grande do Sul na 20ª posição entre as 27 unidades da Federação, em relação a homicídios – com uma taxa inferior à média nacional. A SSP/RS possui, no entanto, ciência de que a situação de Porto Alegre é diferente, quando comparada às demais capitais brasileiras.
Entretanto, é preciso levar e conta que são dados de 2016, pois sempre haverá uma defasagem em virtude do tempo gasto para a realização de estudos deste porte. Sendo assim, lembramos que os indicadores dos principais crimes aferidos vêm apresentando queda, na capital gaúcha, há pelo menos um ano.
Em 2017, os homicídios reduziram 20,1%. A queda dos latrocínios foi ainda mais expressiva: 69,2%. A tendência, desta forma, é que Porto Alegre fique em uma posição melhor em relação às demais capitais na próxima edição do estudo.
Cabe ressaltar que os dados que abastecem o Fórum Nacional da Segurança Pública são os oriundos da própria SSP, uma vez que eles realizam seus estudos com base em estatísticas oficiais. Sendo assim, os indicadores possuem a mesma origem e não podem ser questionados de forma isolada”.

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