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Vocação ditatorial

A dúvida não é sobre a disposição de Bolsonaro, mas sobre se o Congresso vai tomar alguma providência.

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 nov 2020, 20h03 - Publicado em 5 ago 2020, 14h50

Quem considera a reunião ministerial de 22 de abril um escândalo, fica sem palavras com que qualificar a reunião do dia 22 de maio.

De acordo com a revista Piauí (https://piaui.folha.uol.com.br/materia/vou-intervir/), em 22 de maio, o presidente Bolsonaro comunicou a alguns de seus ministros — entre os quais os generais Heleno, Ramos, Braga Netto e Fernando Azevedo, o ministro da Justiça, André Mendonça, e o Advogado-Geral da União, José Levi — que havia decidido fechar o Supremo Tribunal Federal.

Os presentes discutiram tranquilamente o atentado à democracia proposto por Bolsonaro. Os ministros generais aceitaram participar de uma quartelada e os ministros juristas aceitaram elaborar um simulacro de fundamentação jurídica para um ato antidemocrático que obviamente abriria caminho para a ditadura. Ninguém ficou indignado e os juristas nem sequer alertaram o presidente de que sua decisão, além de inconstitucional, configurava crime.

A ideia acabou não indo para frente porque o general Heleno ponderou que aquele não seria “o momento para isso”. Mas não foi abandonada: pouco depois, Bolsonaro bradou que “chegamos ao limite” e “acabou, porra!”; Heleno soltou uma nota ameaçando “consequências imprevisíveis”; Ramos deu entrevista dizendo que “o outro lado não pode esticar a corda”; Eduardo Bolsonaro avisou que a “ruptura” não era uma questão de “se”, mas “quando”.

Que esse é um governo com vocação e disposição para a ditadura, não há dúvida. A dúvida é se o Congresso assistirá a tudo em silêncio ou se tomará alguma providência.

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