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Política

Paulo Guedes, defensor da “democracia”

Ninguém no governo sairá com a biografia incólume. Mas Guedes parece gostar de macular a sua.

Por Ricardo Rangel SEGUIR SEGUINDO 26 jan 2021, 18h48

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro — O ministro da Economia, Paulo Guedes, observado pelo presidente Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

Afirmou Paulo Guedes a respeito da campanha pelo impeachment:

“Isso é uma tentativa de descredenciamento, uma sabotagem à democracia brasileira. (…) Primeiro é impeachment porque derrubou um passarinho, depois é impeachment porque deu um tapa na cabeça da ema, depois é impeachment porque teve um assassinato no Maranhão, depois é impeachment porque morreu um indígena. Isso é um descredenciamento da democracia brasileira. Nós viemos aqui justamente com a convicção da forma da democracia brasileira,”

Paulo Guedes se diz liberal, mas participa, defende e legitima o governo mais antiliberal dos últimos 35 anos.

Paulo Guedes diz defender a democracia, mas defende e legitima o presidente mais antidemocrático dos últimos 35 anos.

Nenhum dos auxiliares de Bolsonaro sairá do governo com a biografia incólume. Mas Paulo Guedes, dono da melhor biografia de Brasília, parece ter um prazer especial em macular a sua.