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O Brasil não vai esquecer

Jair Bolsonaro é o principal responsável pela maximização de mortes. Mas muita gente o ajudou e ajuda

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2021, 17h10 - Publicado em 6 abr 2021, 18h42

O Brasil hoje tem uma única prioridade: o combate à Covid.

O presidente Jair Bolsonaro tem uma única prioridade: impedir o combate à Covid.

A atitude do presidente não deveria espantar ninguém, afinal, Bolsonaro — que já quis pôr bombas em quartéis, quer dar licença para matar à polícia, defende a tortura, homenageia assassinos etc. — passou a vida a cultuar a morte. O que espanta é que haja tanta gente de outra forma sensata e inteligente disposta a ajudá-lo.

Há quem preste esse auxílio de maneira escancarada, como Kassio Marques, Augusto Aras ou André Mendonça. Há quem o preste de maneira hesitante, como Marcelo Queiroga, que luta pela vacina mas aceita “ordem” contra lockdown. Ou o faça de maneira envergonhada, como Tereza Cristina ou o general Heleno, que simplesmente desapareceram.

Mas não há como tapar o sol com a peneira: é impossível, por definição, estar no governo de Jair Bolsonaro sem ser seu auxiliar na macabra tarefa de maximizar o número de mortes. Pessoas que antes tinham boa reputação, como Paulo Guedes, se misturam com outras, que sempre foram “criaturas do pântano” (expressão criada pelo próprio ministro da Economia), no mesmo balaio onde estão aqueles que auxiliam o presidente em sua “missão”.

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Seis mil militares — incluindo nada menos do que cinco oficiais generais (sem contar os dois que acabaram de sair), com destaque para os generais-de-exército Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos — se refestelam no governo e fornecem o apoio institucional que os generais da ativa parecem ter se cansado de dar.

Há quem afirme buscar a estabilidade e o melhor para o país, como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, mas que fornece apenas a estabilidade necessária para que Bolsonaro fique onde está, fazendo o que está fazendo. Ou os parlamentares do centrão, que entregam a tal da governabilidade em troca de bilhões de reais.

Há uma quantidade incomensurável de governadores e prefeitos bolsonaristas ou quase bolsonaristas, como Ronaldo Caiado, Ibaneis Rocha, Claudio Castro, Romeu Zema.

Há quem se diz “independente”, como o Partido Novo, mas que só é independente quando o assunto é finanças, sendo em todo o resto uma fidelíssima base de apoio para Bolsonaro.

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Há até quem se diz oposição, como o PT, mas opera para manter Bolsonaro onde está porque, afinal, será um candidato mais fácil de bater no segundo turno.

O governo Bolsonaro vai passar, mas o Brasil não vai se esquecer das centenas de milhares de brasileiros que morreram.

Nem de quem auxiliou o presidente em sua macabra missão.

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