Marcelo Queiroga, cúmplice
O ministro guarda obsequioso silêncio enquanto os corruptos rapinam seu ministério e condenam os brasileiros à morte
É sabido desde o ano passado que a Belcher Farmacêutica é investigada pela Polícia Federal por suspeita de fraude no fornecimento de testes rápidos para Covid.
É sabido desde o ano passado que Luciano Hang é investigado pela Polícia Federal no inquérito das Fake News.
É sabido desde maio que Carlos Wizard teve sua convocação para a CPI aprovada por suspeita de ser membro de um “gabinete paralelo” que teria sabotado as medidas de combate à Covid.
Nada disso impediu que, no dia 16 deste mês (!), o Ministério da Saúde assinasse com os três uma carta de intenções no valor de R$ 5 bilhões de reais para aquisição de 60 milhões de doses da vacina CanSino. A carta foi assinada pelo secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, que continua impávido em seu posto.
Na semana passada, veio à tona um escândalo bilionário para a compra da vacina Covaxin. Queiroga até agora não mandou investigar nem afastou o funcionário denunciado Roberto Ferreira Dias (os outros dois denunciados já não pertencem ao ministério). Questionado sobre o assunto, irritou-se.
A esta altura, o contrato de R$ 693 milhões para o fornecimento da Sputnik V, assinado por Dias com a União Química — que já está sendo investigada pela CPI por conta da cloroquina —, está sob suspeita. Não há indicação de que Queiroga pretenda fazer algo a respeito.
Em seu esforço para combater a Covid sem contrariar Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga não consegue ser médico nem político.
Tudo o que consegue ser é cúmplice.