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A marcha da marquetagem: a trajetória do MTST de Guilherme Boulos

Reportagem de 13 de agosto de 2014, intitulada 'Conhaque, mortadela e Boulos', traçou o perfil do chefão do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h04 - Publicado em 18 jan 2017, 23h00
Clique para ler reportagem de 13 de agosto de 2014
Clique aqui para ler reportagem de 13 de agosto de 2014 (Reprodução)

Em 2014, reportagem de VEJA traçou o perfil de Guilherme Boulos, desde os bancos escolares em São Paulo até a liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que se tornara “o grupo mais barulhento entre os movimentos sociais e o mais paparicado pelos governantes do PT”.

“Nos colégios Vera Cruz e Palmares, era chamado de Gui B. Os amigos se lembram dele como um corintiano fanático, chegado a discursos em favor do socialismo. A militância começou quando ele entrou no curso de filosofia na USP. Hoje colunista do jornal Folha de S.Paulo, o filósofo Boulos escreveu em 2012 um livro intitulado Por que Ocupamos – Uma Introdução à Luta dos Sem-Teto. Na obra, explica por que ‘ocupar é a única alternativa’.”

A atuação de Boulos, preso nesta terça-feira durante uma ação de reintegração de posse, foi decisiva para que o MTST saltasse de 5 000 famílias no fim dos anos 1990 para 50 000 e empreendesse cada vez mais ações de impacto. Quem participa, ganha sanduíche de mortadela, conhaque Dreher e pontos em programa de distribuição de casas do governo federal, segundo narrava a reportagem de 13 de agosto de 2014. E ainda:

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“Nos últimos tempos, na tentativa de aumentar seu cacife e o número de adeptos, o MTST ampliou a pauta. Passou a protestar por transporte público gratuito, melhorias na saúde, na educação e até pela melhor qualidade na telefonia – no mês passado, integrantes do grupo invadiram as sedes da Anatel e das operadoras Oi, TIM e Vivo. Chamado por seus detratores de ‘ativis­ta-celebridade’ (só nos últimos meses, foi a quatro programas de TV), Boulos nunca escondeu que o MTST não passa de um pretexto para sua verdadeira causa. ‘Não é um movimento de moradia, mas um projeto de acumulação de forças para mudança social’, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.”

Confira abaixo a linha do tempo do MTST, que ilustrou a reportagem de agosto de 2014:

1997 – A ORIGEM

Integrantes do MST decidem criar uma dissidência para exigir moradia nas grandes cidades. A primeira ação é uma invasão em Campinas, com 4 500 famílias. Cinco anos depois, Guilherme Boulos, então um estudante de filosofia da USP, com 20 anos, surge como uma das lideranças de um acampamento em Osasco

2006 – BLOQUEIO DE RODOVIAS

O movimento recorre pela primeira vez à tática de bloquear rodovias para chamar atenção. Para tentar anular um despejo, toma a Castello Branco, a Raposo Tavares e a Régis Bittencourt, ao mesmo tempo em que desencadeia novas invasões

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2009 – A TÁTICA DOS ACORRENTADOS

Por oito dias, integrantes do grupo ficam acorrentados na frente do prédio onde Lula mora, em São Bernardo do Campo. Como resposta, o governo federal compromete-se a incluir as famílias no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida

2011 – QUEBRA-QUEBRA

O grupo destrói boa parte do hall do histórico Edifício Martinelli, sede da Secretaria Municipal de Habitação, em São Paulo. Dois anos depois, faz sua primeira grande invasão na capital paulista. O acampamento Nova Palestina reúne 30 000 pessoas

2014 – A COPA DO POVO

De olho no calendário da Copa do Mundo, o grupo realiza uma série de atos e ocupações. A maior delas é a Copa do Povo, em Itaquera, perto da Arena Corinthians, sede da abertura do Mundial.

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Março

Os sem-teto interditam importantes vias de São Paulo durante nove horas. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sobe no carro de som dos manifestantes durante ato em frente à prefeitura

Maio

O grupo orquestra a invasão do escritório das empreiteiras responsáveis pelas principais obras da Copa do Mundo, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. Três horas depois, integrantes do movimento são recebidos por Dilma Rousseff

Julho

O MST invade a sede da incorporadora Even. Além da habitação, decide encampar a pauta da melhoria da qualidade da telefonia – leva manifestantes para a superintendência da Anatel e para a sede das operadoras Oi, TIM e Vivo

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