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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Uma eleição sem direita na disputa é normal? Não é.

Se, na economia (ver post acima), não há mais chance para os porras-loucas, e isso é um avanço inequívoco, é evidente que há coisas fora do lugar na política, o que não é bom, caracterizando um atraso. Repararam? No debate da Band, uma candidata era do PT, e dois outros tinham sido petistas — fundadores […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h37 - Publicado em 7 ago 2010, 06h45

Se, na economia (ver post acima), não há mais chance para os porras-loucas, e isso é um avanço inequívoco, é evidente que há coisas fora do lugar na política, o que não é bom, caracterizando um atraso. Repararam? No debate da Band, uma candidata era do PT, e dois outros tinham sido petistas — fundadores do partido, diga-se, o que Dilma, uma recém-convertida, não foi. Vale dizer: eram três candidatos de esquerda.

E Serra? Sua origem também é a esquerda, como todo mundo sabe. E não creio haver razões, ainda hoje, para se dizer que esteja à direita de Dilma ou de Marina. Numa leitura convencional, diria até que, em certos temas, elas é que estão à sua direita.

Isso quer dizer que os três principais candidatos à Presidência — Plínio é tão “principal” quanto a penca de nanicos, mas estava lá… — são, com matizes diversos, de esquerda. Podem-se distinguir, e se distinguem, na competência, na experiência, no alcance da visão que têm sobre o Brasil etc, mas a matriz ancestral é a mesma.

Cadê o candidato “conservador” ou, se quiserem, “de direita”? Não existe! E isso, obviamente, é uma anomalia. Li outro dia o texto de um bobalhão afirmando que a direita não consegue se estruturar no Brasil porque as desigualdades, as carências, a distribuição de renda etc, tornam um discurso conservador difícil. Trata-se, claro, de uma bobagem. As democracias de todo o mundo, as ricas e as pobres, têm candidatos conservadores viáveis.

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Não! Isso não é bom para o país. As idéias começam a ficar fora do lugar. Na semana passada, a VEJA publicou uma entrevista notável com Aldo Rebelo, o deputado do PC do B que foi relator do Código Florestal. Sua fala, tão sensata!, não seria considerada “de esquerda” em lugar nenhum do mundo. Até aí, tudo bem! Saudemos a racionalidade de alguém que se diz comunista. A questão é saber por que as coisas corretas e prudentes que diz sobre a terra, o agronegócio e o latifúndio não são um dos eixos estruturantes de um partido — que seria considerado, sim, “conservador”. Vejam o medo que os partidos têm de defender o relatório de Aldo sobre o código.

Querem outro exemplo? A Constituição brasileira vem sendo continuamente aviltada por cotas racialistas. Elas se tornaram um “valor”, e poucos são aqueles que se aventuram a enfrentar o falso consenso, a suposição de que é essa “a vontade da sociedade”. Não é! Trata-se da vontade de grupos militantes. Como o debate não é feito — a não ser por iniciativa de um ou outro líder político, mas não de um partido ou de partidos —, o suposto “progressismo” avança sem resistência, como se fosse mesmo uma vontade coletiva.

Alguém poderia dizer: “Como pode haver uma direita no Brasil, Reinaldo, se, no Maranhão, o PT se aliou a Sarney?” Bem, resta-me responder que eu torço pelo surgimento de um partido conservador, de direita, no Brasil. E isso exclui Sarney, é claro. O Brasil precisa de conservadores. Quem precisa do atraso é o PT.

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