Um momento de humor involuntário. O “1, 2, 3″ da candidata do PT
Plínio de Arruda Sampaio arrancou alguns risos da platéia com a sua performance de Velhinho Maluquinho. Mas houve outros momentos de humor no debate. Involuntário. Marina perguntou a Dilma o que ela faria, se eleita, para que episódios como os da Receita não voltassem a acontecer. A petista em vermelho. Eu vou de azul outra […]
Plínio de Arruda Sampaio arrancou alguns risos da platéia com a sua performance de Velhinho Maluquinho. Mas houve outros momentos de humor no debate. Involuntário. Marina perguntou a Dilma o que ela faria, se eleita, para que episódios como os da Receita não voltassem a acontecer. A petista em vermelho. Eu vou de azul outra vez.
Nós estamos fazendo uma investigação rigorosa…
Os fatos:
1 – A VEJA denuncia a existência do grupo do Lanzetta. O PT nega que esteja fazendo um dossiê e, oficialmente, afasta o rapaz, que continua a trabalhar para o partido;
2 – A Folha descobre as declarações de IR de Eduardo Jorge com petistas do comitê de Dilma. O partido nega vínculo com a violação. No programa Roda Viva, Dilma afirma ao editor executivo da Folha que só não processa o jornal por respeito à liberdade de imprensa;
3 – Eduardo Jorge recorre à Justiça para ter acesso a investigação. Descobre-se que foram quebrados os sigilos de outras pessoas ligadas ao PSDB. O PT continua a negar vínculo com as violações;
4 – A cúpula da Receita dá uma entrevista e nega que as violações tenham caráter político-partidário. Reportagem do Estadão publicada dois dias depois demonstra que a investigação interna demonstrava o contrário. O órgão já sabia que também o sigilo de Verônica Serra havia sido violado. Ou seja: a Receita estava sendo usada pelo PT.
5 – Vem a público a violação do sigilo de Verônica Serra, desta feita no posto da Receita de Mauá. A pessoa que obteve o documento, com procuração falsa, é filiada ao PT. Mas Dilma e os petistas acusam “baixaria” das vítimas. PT e Dilma, escandalosamente, anunciam que vão processar Serra!!!
6 – Descobre-se que, em Formiga, Minas Gerais, o sigilo de Eduardo Jorge foi violado 10 vezes. A pessoa que o fez é filiada ao PT. A cúpula do PT diz que não pode responder por aquilo que fazem seus filiados.
7 – Surge a prova de que o sigilo de Alexandre Bourgeois, genro de Serra, também foi violado em Mauá. O cinismo é tanto que o Ministério da Fazenda emite nota para dizer que não tinha sido uma violação, mas apenas consulta. Acontece que a Receita já sabia que a violação ocorrera também no posto de Santo André, com uma procuração falsa apresentada pelo mesmo contador petista que violara o de Verônica Serra.
Essa é a investigação rigorosa feita pelo governo Lula
…É algo inclusive que foi o meu partido que solicitou, que houvesse uma investigação da Polícia Federal…
O partido de Dilma agora decide o que a PF investiga ou deixa de investigar. É o fim da picada!
…Porque, se houver, de fato, essa mercantililização de sigilos fiscais, é fundamental que se apure, primeiro:
1 – quem vaza?
2 – quem utiliza?
3 – é importante que isso seja feito de forma a que a gente não comprometa a reputação da instituição.
Uau! Ao falar em “mercantilização”, Dilma tenta eliminar o caráter político das quebras. Respondo às questões da candidata, segundo o que se sabe e está provado até agora:
1 – Quem vaza? Os petistas. Foram eles que quebraram sigilos de tucanos e de familiares de Serra.
2 – Quem utiliza? O comitê de campanha de Dilma Rousseff, onde estava o sigilo de Eduardo Jorge.
3 – Comprometida, a reputação da instituição está hoje. Enquanto Otacílio Cartaxo permanecer no cargo, a Receita é nada mais do que um ente do estado a serviço de um partido.
Escrevi que foi humor involuntário? Errei. Tem jeito de cinismo voluntário.