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Taca-le pau, CPI! Imaginem no que dá a mistura do governo que temos com a CBF que temos, sob o olhar da… Fifa!!!

O senador Romário (PSB-RJ) precisava de 27 assinaturas para protocolar um pedido de CPI da CBF. Na voragem que colheu a Fifa mundo afora e engolfou José Maria Marin, ex-presidente da confederação, conseguiu, segundo o site do Senado, 53. O requerimento foi lido nesta quinta. Uma CPI precisa ter fato determinado — ou, para ser […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h16 - Publicado em 29 Maio 2015, 05h03

O senador Romário (PSB-RJ) precisava de 27 assinaturas para protocolar um pedido de CPI da CBF. Na voragem que colheu a Fifa mundo afora e engolfou José Maria Marin, ex-presidente da confederação, conseguiu, segundo o site do Senado, 53. O requerimento foi lido nesta quinta. Uma CPI precisa ter fato determinado — ou, para ser mais preciso, em linguagem não técnica, precisa ter suspeita determinada. Nesse caso, há uma penca.

No requerimento, Romário pede que sejam investigadas supostas irregularidades na realização de partidas da Seleção Brasileira, em campeonatos organizados pela CBF, na Copa das Confederações de 2013, e na Copa do Mundo de 2014. Esses campeonatos, que se saiba, não estão na mira da Justiça americana, ao contrário do que chegou a ser inicialmente noticiado. Essas são suspeitas surgidas em solo nativo.

Mas as acusações  e investigações que constam do processo que corre nos EUA também devem ser alvos dos senadores: Marin teria negociado propina no valor de R$ 346 milhões na cessão de direitos, até 2023, de transmissão da Copa América. A comissão poderá se ocupar ainda de contratos firmados entre a CBF e a Nike, intermediados pela Traffic, que pertence ao empresário brasileiro J. Hawilla, uma espécie de epicentro da investigação. Ele está sob prisão domiciliar nos EUA e já aceitou pagar à Justiça americana US$ 151 milhões.

Romário não esconde de ninguém — e os fatos pedem que assim seja — que ele pretende investigar também a atuação do atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, que sucedeu Marin, com as suas bênçãos. E, por óbvio, o, à sua maneira, já lendário Ricardo Teixeira deve entrar na mira. Quem acompanha o caso acha que, de Marin, a Justiça americana já se dará conta. A CPI deve centrar seus esforços é em Del Nero mesmo, que não é oficialmente investigado por lá.

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A CPI, uma vez instalada, terá 180 dias para realizar seus trabalhos. Certamente é pouco, dada a dimensão do que está vindo à luz. Agora, a Polícia Federal também decidiu abrir uma investigação, na esteira das informações horripilantes que chegam dos EUA. Como a gente vê, há certos tipos de brasileiro que só ficam mesmo seguros em solo nativo…

Sumiu
Del Nero, diga-se, estava em Zurique, gozando da boa vida oferecida pelo hotel Baur Au Lac, mas, por alguma razão, não quis esperar pela eleição da Fifa, que ocorre nesta sexta. Ele se mandou da Suíça sem nem dar um aviso e voltou para o Brasil.

Já houve outras tentativas de investigar desmandos na CBF. Sempre deram em nada. Seu poder é mais tentacular do que se pensa à primeira vista. Não faço aqui acusações. Lido apenas com obviedades. Embora, em princípio, a Copa do Mundo de 2014 não esteja sob investigação nos EUA, todos sabemos como os interesses do governo, da CBF e da Fifa se estreitaram num abraço insano.

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O petrolão nos diz como o governo faz as coisas.

A investigação que corre nos EUA indica como a CBF e a Fifa fazem as coisas.

Quando tudo isso se mistura, é difícil supor que se tenha criado um ambiente de convento, não é mesmo?

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