Senadores pedem inquérito contra Mantega na PGR
Por Rosa Costa e Ricardo Britto, no Estadão: Com o apoio de dois senadores da base aliada, a oposição encaminhou ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, representação contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por omissão diante de denúncias apuradas pela Receita e PF contra o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci. […]
Por Rosa Costa e Ricardo Britto, no Estadão:
Com o apoio de dois senadores da base aliada, a oposição encaminhou ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, representação contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por omissão diante de denúncias apuradas pela Receita e PF contra o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci.
A representação pede a instauração de inquérito civil público para cobrar responsabilidade de Mantega pela permanência de Denucci no cargo mesmo após alertado sobre a existência de indícios de corrupção contra ele. “O ministro manteve Denucci no comando da Casa da Moeda, com isso dando causa à continuidade dos atos lesivos ao interesse público”, sustentam os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Demóstenes Torres (DEM-GO), Randolph Rodrigues (PSOL-AP), mais Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Taques (PDT-MT).
Eles alegam que Mantega “não foi imparcial nem leal à instituição à qual está vinculado, além de ter falhado com seu dever de ofício”. Afirmam, ainda, que “nem se cogita levantar a hipótese de que o ministro da Fazenda não sabia do esquema de corrupção na Casa da Moeda, visto que ele próprio admitiu ter sido alertado acerca da situação”. Os senadores pedem que Mantega seja punido com a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e ressarcimentos aos cofres públicos de eventuais danos causados por Denucci.
Blindagem. Ontem, o governo comandou o esvaziamento da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que votaria requerimento de convite ao ministro para prestar esclarecimentos. Depois de esperar mais de uma hora por quórum, o presidente da CAE, Delcídio Amaral (PT-MS), encerrou os trabalhos, remarcando novo encontro para o dia 28, após o carnaval.
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