Produção de veículos tem o pior resultado para abril desde 2007
Na VEJA.com: A produção brasileira de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 14,5% em abril sobre março e 21,7% na comparação com o mesmo mês de 2014, para 217,1 mil unidades, informou nesta quinta-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Trata-se do pior resultado para o mês desde 2007, quando a […]
Na VEJA.com:
A produção brasileira de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 14,5% em abril sobre março e 21,7% na comparação com o mesmo mês de 2014, para 217,1 mil unidades, informou nesta quinta-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Trata-se do pior resultado para o mês desde 2007, quando a produção de veículos havia sido de 211.147 unidades. O resultado é atribuído à redução na atividade das fábricas causada pela forte queda na demanda dos mercados interno e externo.
No acumulado de janeiro a abril, o setor teve produção de 881,8 mil de unidades, queda de 17,5% sobre o mesmo período de 2014. A indústria automotiva terminou abril com 139.580 postos de trabalho ocupados, uma redução de 9,5% ante o total verificado no mesmo período de 2014. Em abril, a produção de caminhões, um importante indicador da confiança dos empresários para investir, caiu 44,3% sobre o mesmo período do ano passado, para 6.864 unidades, acumulando queda no quadrimestre de 45,2%. Vendas – Segundo a Anfavea, as vendas de veículos novos no Brasil em abril caíram 6,6% sobre março e 25,2% sobre o mesmo mês de 2014, a 219,3 mil unidades. Desde o início do ano, os licenciamentos registram tombo de 19,2% sobre o mesmo período de 2014, a 893,63 mil unidades. Já as exportações de veículos no mês passado somaram 28.761 unidades, queda de 10,7% sobre março e de 18,4% sobre abril do ano passado, apesar do cenário cambial mais favorável, segundo os dados da Anfavea.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Moan, os meses de maio e junho devem ser “difíceis”. As montadoras seguem tomando medidas para se adaptarem ao recuo da demanda. Apenas nesta semana, por exemplo, Volkswagen paralisou sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP) por 10 dias, segundo sindicato local, enquanto a Fiat concedeu férias coletivas para 2 mil funcionários de sua fábrica em Betim (MG) por 20 dias. A Anfavea reduziu no início de abril suas projeções para o ano, passando a esperar queda de 10% na produção de veículos deste ano, a 2,832 milhões de unidades. A entidade começou o ano esperando crescimento de 4,1%.