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Pimentel ajudou a financiar mensalão do PT, diz revista; ex-prefeito de BH nega e acusa uma espécie de conspiração

No Estadão Online. Comento no post seguinte: O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT), que é um dos coordenadores da campanha Presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), teria ajudado a financiar o mensalão do PT, segundo informações do processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o esquema, obtidas pela revista IstoÉ. De […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h50 - Publicado em 26 fev 2010, 20h09

No Estadão Online. Comento no post seguinte:

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT), que é um dos coordenadores da campanha Presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), teria ajudado a financiar o mensalão do PT, segundo informações do processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o esquema, obtidas pela revista IstoÉ. De acordo com a reportagem publicada na edição desta semana do semanário, documentos da Procuradoria da República de Minas Gerais indicam que Pimentel – pleiteia concorrer ao governo de Minas Gerais nas eleições de outubro – teria superfaturado contratos da prefeitura de Belo Horizonte para pagar gastos de campanha do PT.

A publicação afirma ter tido acesso ao processo judicial com 69 mil páginas contendo laudos sigilosos da polícia federal, relatórios reservados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), pareceres da Receita Federal e outras representações criminais que tramitam sob segredo de justiça em vários estados. Segundo a revista, os documentos demonstrariam a origem estatal de parte dos recursos do mensalão petista. O processo, que corre sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF), dará embasamento para o voto do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa.

Segundo a revista, Pimentel teria ligações com o empresário Glauco Diniz Duarte e com o contador Alexandre Vianna de Aguilar, investigados pelo Ministério Público pelo envio ilegal aos Estados Unidos de US$ 80 milhões. Parte do dinheiro teria servido de pagamento para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

Os recursos remetidos ao exterior teriam origem em contratos superfaturados da Prefeitura de Belo Horizonte com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) durante a gestão de Pimentel (2005-2008), para a implantação do Projeto Olho Vivo, de instalação de câmeras nas ruas da capital mineira. De acordo com a reportagem, o procurador da República Patrick Salgado Martins defende em sua denúncia que o convênio seria um “ardiloso estratagema para desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar as dívidas de campanha do partido em território alienígena”.

Para enviar o dinheiro aos EUA, Pimentel supostamente depositava na conta da empresa Gedex International, de propriedade de Glauco Diniz Duarte, que era diretor da CDL na época. Em seguida, os recursos seriam transferidos para a conta de Duda Mendonça. De acordo com os documentos a que IstoÉ teve acesso, a Gedex teria recebido no Exterior mais de US$ 30 milhões.

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Fórum Social Mundial
Segundo a reportagem, depoimentos de testemunhas feitos em juízo provariam ainda que parte dos recursos provenientes do mensalão teriam custeado atividades privadas de interesse partidário, jogando por terra a versão, sustentada pela defesa petista, de que o dinheiro seria usado exclusivamente para pagar despesas de campanha.

Um dos destinos dados para esse dinheiro seria o envio de uma mala com R$ 1 milhão à executiva regional do PT do Rio Grande do Sul. O dinheiro teria sido usado pelos dirigentes estaduais do PT para pagar dívidas históricas acumuladas durante a realização do Fórum Social Mundial, criado por movimentos de esquerda e organizado pelo PT de Porto Alegre.

Os documentos supostamente reúnem ainda vários depoimentos de políticos e empresários que comprovam o pagamento de propina a deputados da base aliada do PT. Partidos como o PTB de Roberto Jefferson, ex-deputado responsável pelas primeiras denúncias do mensalão, o PL e o PP são citados nos laudos.

Reação e nota
O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), divulgou nota refutando a reportagem publicada na ‘IstoÉ’ desta semana. A revista teve acesso ao processo de 69 mil páginas sobre o mensalão petista que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e conta que Pimentel, que é coordenador da campanha da ministra Dilma Roussef à Presidência da República, é citado no processo. Segundo a nota, a revista misturou “alhos com bugalho” para tentar atingir a campanha de Dilma. O ex-prefeito disse que o convênio entre a prefeitura de BH e a Câmara de Dirigentes Lojistas não é alvo de ação na Justiça, como relatado pela revista e que ele mesmo não tem nenhuma ligação com o mensalão.

Leia abaixo a íntegra da nota:
“Isto É” mistura alhos com bugalhos para tentar atingir a campanha de Dilma
Na semana em que dois dos assuntos mais importantes da política nacional são a derrocada do esquema de corrupção do governador do Distrito Federal e a cassação do prefeito de São Paulo, ambos do Democratas, principal aliado do PSDB, maior adversário do PT na próxima eleição, a revista ‘Isto É’ resolveu embaralhar tudo, ressuscitar o chamado mensalão de 2005 e, para tentar empatar o jogo, me citar como um dos envolvidos no recebimento de verbas irregulares.  Como se diz no jargão jornalístico, trata-se de uma barriga da ‘IstoÉ’.  A intenção óbvia é causar danos à imagem de um dos coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff à Presidência. Mas não vai colar.

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Para que sua história pareça verossímil, a revista mistura alhos com bugalhos e faz ilações sem qualquer apoio na realidade. Aproveita-se do fato de a prefeitura de Belo Horizonte, então sob minha gestão, ter contratado a Câmara de Dirigentes Lojistas para um projeto de instalação de câmeras de seguranças nas ruas do Centro da cidade.

Para incluir o meu nome em sua reportagem, a ‘IstoÉ’ lançou mão de uma coincidência: o diretor financeiro da CDL à época do convênio para a instalação de câmeras mais tarde foi identificado como doleiro supostamente envolvido com o chamado mensalão.

O convênio entre a prefeitura de Belo Horizonte e a CDL nunca foi alvo de ação da justiça. O projeto está em vigor até hoje, sem contestações, agora sob a responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais. Como prefeito, nunca fui inquirido, indiciado ou denunciado por este convênio de jurisdição municipal.

E que fique bem claro: nunca fui, também, inquirido, arrolado, indiciado, denunciado e sequer ouvido por qualquer ligação, ainda que indireta, com o chamado mensalão. Jamais fui convocado pela justiça para depor ou mesmo prestar esclarecimentos sobre qualquer destes assuntos. Jamais fui chamado para falar a uma CPI ou outro tipo de comissão. Não há e nunca houve nada, rigorosamente nada, que me ligue, direta ou indiretamente, ao chamado mensalão ou a qualquer outro tipo de irregularidade.

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