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PETRALHAS, TIREM SUA TRISTEZA DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM O MEU HUMOR

httpv://www.youtube.com/watch?v=PrPP-4tevwY Estive no Programa do Jô, e a entrevista foi ao ar ontem mesmo (acima, no Youtube, apenas os primeiros minutos). É estranho ver-se na televisão, claro, para quem, como eu, atua em outro meio. Mas os leitores do blog gostaram do resultado — e os que, de hábito, odeiam, já ficou claro, tiveram ainda […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h22 - Publicado em 24 nov 2009, 06h15

Estive no Programa do Jô, e a entrevista foi ao ar ontem mesmo (acima, no Youtube, apenas os primeiros minutos). É estranho ver-se na televisão, claro, para quem, como eu, atua em outro meio. Mas os leitores do blog gostaram do resultado — e os que, de hábito, odeiam, já ficou claro, tiveram ainda mais motivos para secretar seu fel. É do jogo. E aí há uma coisa curiosa: deploram menos  — embora o deplorem muito! — o que eu disse do que o meu humor. Queriam-me triste, infeliz, sorumbático, acometido de irremediável melancolia. Pois é…

Lamento por esses caras. Embora se julguem tão vitoriosos; embora façam questão de esfregar a tal popularidade de 80% de Lula na minha cara — como se isso fosse mudar a opinião que tenho sobre ele e sobre o governo —; embora vivam me chamando “derrotado”, são eles a usar o discurso furioso, são eles a usar as falas do ódio, são eles a usar os vocábulos da tristeza e todos os sentimentos da angústia. Eu não! Sempre estive preparado para Lula e, se preciso, enfrento coisa pior. Posso não torcer por isso. Mas tenho enorme apreço pela realidade. Lamento pelos petralhas se não lhes pareci humilhado, acanhado, triste… É que não sou como sonham. Ao contrário até: alguns leitores me acharam excessivamente agitado, me mexendo muito, não parando quieto no sofá. Não, não era nervosismo — nem estava nem pareci nervoso, acho eu. É que sou assim mesmo: desassossegado. Só paro quieto lendo ou escrevendo. Assistir a um filme ao meu lado pode ser um tanto aflitivo se eu não pegar no sono, coisa com a qual os cineastas freqüentemente colaboram… Mas assim é há 48 anos. E surge, então, caras e caros, uma questão realmente muito interessante.

Se eles são os “vitoriosos”, os que “estão com tudo”, os que triunfaram, por que não são um pouco mais tolerantes, por que não são um pouco menos enfezados, por que não são um pouco mais tranqüilos? Por que lastimam em mim — o “derrotado”, o que eles dizem estar “do lado de lá” — justamente o bom humor? PORQUE OS FASCISTAS NÃO SUPORTAM A ALEGRIA. E a alma dessa gente é fascista. Só isso.

Esses caras criminalizaram a crítica. Eu tenho um pouco de vergonha de ficar listando as críticas que fiz ao governo FHC porque fica parecendo que estou prestando satisfação a esses “VAGABUUUUNDOS” (é uma alusão ao piada de Jô Soares no programa). Mas lembro, por exemplo, para ficar num caso que foi definidor do resultado das eleições de 2002, que a revista de que eu era diretor de redação — Primeira Leitura — deu a primeira matéria de capa sobre a crise de energia que viria. Com seis meses de antecedência! Reportagem dura, implacável, sem rodeios. As mesmas críticas eram feitas no site de modo contundente, abusado até — com o humor que empreguei hoje para falar do governo Lula. E qual foi a reação negativa do governo FHC? Nenhuma! Do mesmo modo, os tucanos não satanizavam os críticos. O PT batia no governo dia sim, dia também. A minha revista fazia o mesmo. E, no entanto, não havia campanha organizada para desmoralizar este ou aquele, identificando-os com “o jogo da oposição”.

Sabem por quê? Porque há uma grande diferença entre democratas, que realmente toleram a crítica, e os fascistóides, que não suportam a divergência. Não a suportam nem neste blog: tentam aparelhá-lo a todo custo, recorrem a sabotagens e expedientes criminosos, tentam silenciá-lo. E SÃO TOMADOS DE UMA FÚRIA INAUDITA SE NOTAM QUE VOCÊ NÃO É AQUELE INFELIZ COM O QUAL ELES FANTASIAVAM. Pois é, não sou.

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Eu sei a razão da fúria, sim. E ela deriva do fato de que as palavras que disse sobre a presença de Ahmadinejad no Brasil são irrespondíveis. Estão com ódio de mim porque sabem que estão forçados a defender, então, um “líder” que nega o Holocausto, que promete destruir um país, que trata as divergências a bala, que alimenta o terrorismo. Uma defesa certamente incômoda, não é?

Podem reclamar. Como é mesmo? PETRALHAS, TIREM SUA TRISTEZA DO CAMINHO, QUE EU QUERO PASSAR COM O MEU HUMOR. E não vou mudar, pouco me importa quem vença as eleições, pouco me importa a popularidade de Lula, pouco me importa a sua síndrome de ineditismo, pouco me importa se nunca antes nestepaiz houve um presidente que dissesse tanto “nunca antes netepaiz”…

Brasil recebeu um criminoso, um terrorista, o chefe de um governo assassino. E foi o que eu disse na televisão. E debochei um pouco do que Lula tem de debochável… Aqui ainda não é o Irã, e eu não devo satisfações ao Conselho da Revolução Petralha.

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