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Perspectiva de Dilma ser derrotada anima mercados; CPI da Petrobras faz disparar ações da empresa. E dois textos premonitórios

Já não há menor dúvida: hoje, temos um governo que atrapalha o país. Bastou o Ibope demonstrar a queda de popularidade do governo Dilma, o que obviamente acena com a possibilidade de ela ser derrotada nas eleições de outubro, e os indicadores econômicos melhoraram substancialmente. O Ibovespa, que já havia aberto a sessão em alta, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h10 - Publicado em 27 mar 2014, 20h08

Já não há menor dúvida: hoje, temos um governo que atrapalha o país. Bastou o Ibope demonstrar a queda de popularidade do governo Dilma, o que obviamente acena com a possibilidade de ela ser derrotada nas eleições de outubro, e os indicadores econômicos melhoraram substancialmente.

O Ibovespa, que já havia aberto a sessão em alta, se animou muito ao descobrir que tanto a popularidade de Dilma como a aprovação a seu governo haviam… caído. O pregão fechou aos 49.646 pontos, com alta de 3,5% e um volume negociado de R$ 10,3 bilhões. A média diária tem sido de R$ 6 bilhões. As ações da Petrobras também subiram mais de 8%. Vejam que coisa: a possibilidade de a presidente deixar o poder anima o país. Nota à margem: a instabilidade na Petrobras e a bagunça lá reinante colaboram com a especulação das ações da empresa. Adiante.

Na semana passada, as ações das estatais já haviam se valorizado porque circulou forte o boato de que a pesquisa Ibope mostraria uma queda nas intenções de voto em Dilma. Essa queda não se verificou. A pesquisa desta quinta, que é só de avaliação do governo e do desempenho pessoal da presidente, trouxe essa perspectiva.

As ações sem direito a voto da Eletrobras tiveram valorização de 9,84%, a R$ 6,36, a maior alta do Ibovespa. As preferenciais subiram 3,51%, a R$ 10,68. As ações ordinárias do Banco do Brasil tiveram ganho de 6,63%, a R$ 22,52. As preferenciais da Petrobras subiram 8,13%, a R$ 15,57, a terceira maior alta do pregão; as ordinárias avançaram 7,55% a R$ 14,83.

A conclusão é inescapável: hoje, uma das coisas que fazem mal ao país é a possibilidade de Dilma vencer a disputa presidencial. Não custa lembrar que, num encontro com empresários há alguns dias, Lula tentou fazer terrorismo eleitoral, afirmando que a vitória da oposição traria instabilidade ao país. É justamente o contrário: o nome da instabilidade, hoje, é Dilma Rousseff, do PT.

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Também o dólar recuou e fechou a R$ 2,266, a menor cotação desde o dia 4 de novembro do ano passado, quando encerrou a R$ 2,245. “A interpretação por parte do mercado é de que um governo de oposição gerenciaria melhor as contas públicas brasileiras e a sua economia”, resume Jefferson Luiz Rugik, operador de câmbio da corretora Correparti, ao jornal O Globo.

Atenção, leitores! Em outros tempos, o anúncio de que se conseguiram as assinaturas para uma CPI da Petrobras faria com que as ações da empresa caíssem. De tal sorte a credibilidade da maior estatal brasileira foi arranhada pela gestão desastrosa do PT que, desta vez, ocorreu o contrário. Um dos argumentos do governo para tentar impedir a instalação da comissão eram os eventuais prejuízos que poderiam advir. Como se nota, a CPI, hoje, faz bem à Petrobras.

Em sua coluna no Estadão de hoje, o tucano José Serra escreveu, antes da divulgação da pesquisa Ibope: “A reeleição da atual presidente também reproduziria a baixa qualidade da gestão governamental, consequência do despreparo da equipe, uma das piores de todos os tempos. (…). De fato, o foco principal da crise brasileira hoje em dia está no governo. O pesadelo dos agentes econômicos não reside tanto nos indicadores ruins sobre a economia, mas na possibilidade de o governo Dilma se prolongar por mais quatro anos.” No dia 13, em outro texto intitulado “Quando um governo atrapalha o país”, registrou: “a possibilidade de alternância de governo poderá ao menos impedir que as expectativas se deteriorem. O Brasil precisa tanto de oposição que a simples possibilidade de que ela venha a fortalecer-se já melhora o ânimo dos agentes econômicos”.

Premonitório!

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