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Padilha manobrou para fazer o que sempre quis: traficar escravos cubanos e repassar milhões por mês à ditadura comunista

É uma pantomima! O governo tinha um plano de importar 6 mil médicos cubanos, que passariam (como passarão!) a atuar no Brasil sem qualquer exame ou validação do diploma. Para resolver um problema do nosso país? Mais ou menos. Há, com efeito, falta de médicos. Mas é certo que o governo do PT vai mesmo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h34 - Publicado em 21 ago 2013, 21h48

É uma pantomima! O governo tinha um plano de importar 6 mil médicos cubanos, que passariam (como passarão!) a atuar no Brasil sem qualquer exame ou validação do diploma. Para resolver um problema do nosso país? Mais ou menos. Há, com efeito, falta de médicos. Mas é certo que o governo do PT vai mesmo é repassar R$ 40 milhões por mês à ditadura comunista.

A Venezuela importou milhares de médicos de Cuba. Chegou a hora de uma boa parcela voltar para a casa, mas a ditadura comunista mal tem onde alojá-los e quer manter, acreditem, a receita decorrente do seu trabalho. Então por que não o Brasil? Pois é…

Quando Padilha anunciou a decisão, a classe médica brasileira reagiu. O governo, então, fingiu um recuo — mas era só uma tática, vê-se agora. Afirmou que a prioridade seria importar médicos da Espanha e de Portugal e apresentou sua esdrúxula proposta de aumentar em dois anos a graduação, obrigando os estudantes, nesse tempo, a atuar no sistema público de saúde. Sem isso, nada de diploma.

Escrevi, então, no dia 8 de julho de 2013  um artigo sobre o assunto. Tratava-se de um projeto autoritário. Se era razoável que o governo fizesse alguma exigência a estudantes de escola pública ou que fossem beneficiados pelo crédito estudantil, com que legitimidade buscaria impor a mesma disciplina a alunos da escola privada, por exemplo? A reação foi a pior possível, e o governo recuou de novo. Os cubanos continuavam na manga do colete.

O programa “Mais Médicos” fez, então, as inscrições para preencher as ditas 15.460 vagas — e os inscritos chegaram apenas a 10,5% (1.618) do total. Desses 1.6180, 67,7% são brasileiros. Os demais são estrangeiros. Grande truque o do ministro Alexandre Padilha! Ele queria médicos cubanos, e a reação foi negativa? Então ele recuou. No lugar, veio a estúpida ideia de estatizar os estudantes de medicina. Como era uma proposta pior do que a outra, deu-se o novo recuo.

Atenção! É importante notar que o governo não criou um miserável programa para incentivar a interiorização dos médicos brasileiros. Foi tudo na base do gogó. O que Padilha preparou, nesse tempo, foi mesmo a criação das condições objetivas para que voltasse a seu plano original: trazer os cubanos.

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Mão de obra escrava

É importante salientar que o contrato do governo brasileiro com médicos espanhóis, portugueses ou de qualquer outro país é celebrado com cada profissional. No caso dos cubanos, o pagamento será enviado à ditadura cubana, que, então, se encarregará de pagar os profissionais — que continuarão a obedecer às ordens daquele regime. É um escândalo: o Brasil pagará R$ 10 mil por médico, e Cuba repassará a cada profissional quanto bem entender — na Venezuela, era quase uma ajuda de custo. Os familiares dos profissionais que foram “exportados” para o regime de Chávez, por exemplo, ficaram na própria ilha, para impedir a deserção. O mesmo acontecerá com os que vierem para o Brasil — até porque eles não teriam como sustentá-los aqui. A ilha comunista transformou seus médicos numa fonte de renda. Entre trabalhar por uma ração em seu país e a chance de ganhar algum dinheiro, ainda que miserável, no exterior, preferem a segunda opção. Atenção: só esse lote de 4 mil médicos renderá à ilha R$ 40 milhões por mês. Ainda mais grave: na Venezuela, os médicos cubanos obedecem ao comando de… cubanos! A qualquer momento, os considerados rebeldes podem ser enviados de volta a seu país, sendo substituídos por outros. 

Vamos ver como vai atuar o Ministério Público do Trabalho no Brasil. O trabalho similar à escravidão não pode ser exercido em solo brasileiro por nativos ou por estrangeiros. O fato de Cuba escamotear essa prática com o manto da ideologia, ou sei lá do quê, não muda a sua essência. Na Venezuela e no Brasil, a forma de contratação dos médicos viola a Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho.

Finalmente…

Noto o óbvio. Se os médicos cubanos são competentes, por que dispensá-los de fazer um exame ou uma prova de validação do diploma? Se teriam dificuldade nessa prova, como, então, contratá-los?

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Escrevo este texto para deixar claras duas coisas, que não podemos perder de vista:

a: Alexandre Padilha manobrou para fazer o que sempre quis: importar os cubanos;

b: da forma como se dará a contratação, a gestão do PT está institucionalizando uma variante do trabalho escravo no Brasil.

Finalmente
Padilha só anunciou nesta quarta a importação dos 4 mil cubanos. Os primeiros 400 já chegam neste fim de semana. Vale dizer: Padilha jamais recuou. Enquanto fingia que sim, tomava as providências para importar os escravos de Fidel e Raúl Castro.

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