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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Oba! Haddad descobriu que é impopular por causa do programa “Os Pingos nos Is”. Não esperava tanto prestígio!

Oba! Em meio à pauleira da Lava-Jato, a essa impressão de que o Brasil vive seus últimos dias, nada como um pouco de humor. E quem nos proporciona esse momento de descontração? Ora, não poderia ser diferente: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ele concede uma longa entrevista à Folha desta terça. O homem descobriu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h47 - Publicado em 4 ago 2015, 16h26

Oba!

Em meio à pauleira da Lava-Jato, a essa impressão de que o Brasil vive seus últimos dias, nada como um pouco de humor. E quem nos proporciona esse momento de descontração? Ora, não poderia ser diferente: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ele concede uma longa entrevista à Folha desta terça.

O homem descobriu por que sua administração é tão impopular. Seu diagnóstico segue a melhor linha dos brucutus do petismo quando têm de explicar por que Dilma tem uma popularidade de um dígito e por que mal se pode pronunciar por aí a sigla “PT” sem uma reação negativa do interlocutor. Leiam esta sequência. A indagação diz respeito à redução da velocidade máxima nas marginais.

Por que então toda essa reação contra a medida?
Porque estamos vivendo um momento em que o debate não se estabelece da maneira mais democrática. Há, da parte de alguns veículos de comunicação, sobretudo uma parte da radiodifusão, o pressuposto que é o combate às ações da administração, é uma ação quase que editorial. Você tem duas ou três rádios e duas ou três emissoras de TV que têm o pressuposto de atacar a administração.
(…)
Não é muito simples dizer que a crítica a esse modelo é resumida a três rádios da cidade?
Em que cidade do Brasil você tem uma frente contrária a ações da prefeitura como você tem aqui? Você não tem em nenhuma outra cidade. É uma frente de ataque a todas as medidas da prefeitura independentemente do mérito (…) Não precisávamos ter apanhado um ano contra as faixas exclusivas, um ano contra ciclovias e agora não sei se um ano em relação à redução de velocidade. O que queremos? Sem perder a eficiência, garantir uma tranquilidade maior. A cidade não é uma estrada.
(…)

Retomo
Viram só? A culpa é da imprensa. O prefeito e seus amigos já andaram reclamando da crítica que faço a suas medidas no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan. Na verdade, tento ajudá-lo: vivo convocando os petistas a envergar collant e capacete para ocupar os desertos das ciclovias. E nada!

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O homem não convive bem com a crítica. Atribui a sua má reputação, que decorre de sua incompetência, aos críticos. Transitei ontem pelas marginais. Ninguém corria nem a 70 km/h nem a 50 km/h porque o fluxo não permitia ir além dos 40 km/h. Quando a redução da velocidade poderia ter alguma utilidade — durante o dia —, ela é inócua porque, em regra, já não se atinge nem a nova máxima. Quando ela não tem utilidade nenhuma — à noite —, faz-se ao motorista uma imposição ridícula e desnecessária.

Não há ciclistas nas ciclofaixas, e estas são uma coleção de buracos, postes no meio do caminho e despropósitos? Culpem-se as rádios. Culpe-se o programa “Os Pingos nos Is”. A propósito: só para registro, destaque-se que, na mesma Jovem Pan, Emílio Surita, que comanda o “Pânico no Rádio”, defende as ditas-cujas. É que o prefeito não é do tipo que se contenta com um elogio. Ele quer é calar a crítica. Mas sigamos.

A redução da velocidade das marginais evidencia o que não passa de um capricho do prefeito? De novo, que as rádios sejam responsabilizadas. Ele, Haddad, faz tudo certo. Se a maioria da população critica as suas medidas e assevera a ruindade do seu governo, a responsabilidade é dos críticos. Será que a sua gestão melhora caso eu passe a elogiá-lo?

Fernando Haddad deveria ter ao menos senso de ridículo. Já seria um começo.

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