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O vandalismo é política numa democracia? Atenas amanhece em cinzas depois de dia de violência

Por Rodrigo Russo, na Folha: No fim da tarde de ontem, ainda era possível sentir o cheiro de queimado vindo do prédio em que funcionava o cinema Attikon, a poucas quadras da praça Sintagma, onde 80 mil pessoas protestaram no domingo contra as medidas de austeridade exigidas da Grécia. Os conflitos com a polícia deixaram […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h31 - Publicado em 14 fev 2012, 06h11

Por Rodrigo Russo, na Folha:
No fim da tarde de ontem, ainda era possível sentir o cheiro de queimado vindo do prédio em que funcionava o cinema Attikon, a poucas quadras da praça Sintagma, onde 80 mil pessoas protestaram no domingo contra as medidas de austeridade exigidas da Grécia. Os conflitos com a polícia deixaram mais de 170 feridos, entre eles, 109 policiais. Uma parcela dos manifestantes começou a depredar a cidade, ateando fogo e atirando pedras por onde passavam. Cerca de 50 prédios foram incendiados no centro de Atenas.

Uma aglomeração parava em frente ao Attikon para tirar fotografias. “É muito triste, me sinto deprimida ao ver o cinema dessa forma, além de toda a situação que já vivemos”, disse Angeliki Kallimani, 25. Para Kallimani, os protestos são uma reação legítima à crise, “mas tudo tem limites”. Ela disse que participou do movimento de “indignados” (jovens sem emprego) no ano passado, mas que não compareceu à manifestação de domingo por medo do que poderia acontecer.

O Attikon funcionava em um edifício neoclássico do século 19 e era um marco cultural da cidade. No fim do dia, três caminhões de bombeiros ainda trabalhavam para controlar o incêndio no local. Pichações estavam por toda a parte no centro. O símbolo do movimento anarquista era uma unanimidade. Cabines telefônicas, pontos de ônibus, estações de metrô, galerias comerciais e bancos sofreram com o vandalismo. Partes de pedra das calçadas foram usadas nos ataques. Com boa parte dos semáforos destruídos, guardas organizavam o trânsito.

Muitas das lojas no entorno da praça Sintagma preferiram não abrir as portas. Contudo, o clima no local e na praça Omônia, pontos de concentração dos protestos no domingo, era tranquilo. Dmitris Voulgaris, comerciante de roupas na rua Ermou, que começa na praça Sintagma, contou à Folha que a loja da família só não foi incendiada graças ao primo, que ficou na porta até as 3h argumentando que os manifestantes acabariam com seu sustento. “É um exagero o que fizeram, ainda mais com desemprego crescente no país. Muitas pessoas deixarão de trabalhar nos próximos dias por conta dos reparos necessários, ficando sem o salário.”
(…)

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