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O lixo guiando o povo. Ou: Fefeleche, a Rocinha da USP, onde uma minoria faz refém a maioria

Vejam esta foto. Viram? Agora vejam esta imagem. Há certa similaridade estrutural, não é mesmo? Noto o mesmo ardor revolucionário, a mesma disposição de afrontar os poderosos, o mesmo, como posso dizer?, aparato para o choque! No alto, vocês vêem uma estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a famosa Fefeleche […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h16 - Publicado em 15 abr 2011, 06h25

Vejam esta foto.

lixoViram? Agora vejam esta imagem.

liberdade-guiando-o-povoHá certa similaridade estrutural, não é mesmo? Noto o mesmo ardor revolucionário, a mesma disposição de afrontar os poderosos, o mesmo, como posso dizer?, aparato para o choque!

No alto, vocês vêem uma estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a famosa Fefeleche (que tem mais comunistas do que Pequim; ou melhor: em Pequim, hoje, o comunismo é proibido!), espalhando lixo pelo prédio. É isto mesmo: uma estudante da USP está virando lixeiras nos corredores da faculdade em que estuda.

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Acima, o conhecidíssimo quadro de Eugène Delacroix, “A Liberdade Guiando o Povo”, pintado em 1830,  homenagem à revolta liberal que depôs Carlos X. É bem verdade que foi, assim, um levante burguês, né?, e eu sinto daqui o cheiro das inclinações bolchevistas do movimento na USP… Em Delacroix, a mulher carrega a bandeira da Revolução Francesa e uma baioneta; na USP, a moça leva uma lixeira em cada mão.

Mas por que o protesto? Os servidores da limpeza da faculdade são terceirizados, e a empresa, uma tal União, atrasou os salários. Até aí, há o instrumento da greve, da passeata, do protesto, sei lá. Mas não bastou. Alguns desses funcionários decidiram espalhar lixo pelas salas e corredores, e houve estudantes que aderiram.

O Sindicato dos Funcionários da universidade também decidiu declarar greve, aí para tentar impedir que 120 servidores — a USP tem 15 mil! — da área de informática sejam transferidos para o Centro Empresarial de Santo Amaro. Outros 300 devem ir para novas  unidades dentro do próprio campus. Trata-se de medida meramente administrativa. Mas o sindicato não quer.  A entidade nunca consegue a adesão de mais de 5% nas greves que decreta, mas é o bastante para infernizar a vida nos estudantes que dependem dos restaurantes universitários, por exemplo.

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Sandra Nitrini, diretora da FFLCH, bateu boca com os baderneiros e indagou: “Por que só na FFLCH?  Por que não a FEA [Faculdade de Economia e Administração] ou a Medicina?” Ela não está sugerindo, claro!, que se faça o mesmo nessas unidades. Ela quer saber por que esse grau de degradação humana, de delinqüência política e de violência moral só acontece por ali.

Temo pela resposta, professora! Acho que os estudantes da FEA, da Medicina, da Poli, da Odonto etc estão na universidade para aprender, ter uma profissão, evoluir na vida… Essas coisas comezinhas de qualquer universidade do mundo, inclusive e sobretudo em Pequim. Boa parte da FFLCH também quer isso, mas se deixa dominar pelos vagabundos que estão ali para fazer… revolução!!!

Como não dá para chamar a polícia para prender bandido — ou o Elio Gaspari fica bravo! —, a maioria que quer estudar se torna refém da minoria que está ali para traficar idéias — na melhor das hipóteses. A FFLCH é a Rocinha da USP.

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PS – Por favor, sem críticas pessoais à revolucionária que aparece acima. Comentem o fato.

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