O bodoque torto do Pedrinho. Ou: Ele precisa de um Visconde de Sabugosa
Na madrugada, volto a me ocupar de Pedro Abramovay, o rapaz do ministério da Justiça que quer deixar soltos os “pequenos traficantes”. Por enquanto, chamo a atenção para mais uma pergunta e mais uma resposta do valente: PERGUNTA – O governo já tem uma ideia da gravidade do avanço do crack? O que vai ser […]
Na madrugada, volto a me ocupar de Pedro Abramovay, o rapaz do ministério da Justiça que quer deixar soltos os “pequenos traficantes”. Por enquanto, chamo a atenção para mais uma pergunta e mais uma resposta do valente:
PERGUNTA – O governo já tem uma ideia da gravidade do avanço do crack? O que vai ser feito?
PEDRO ABRAMOVAY: Para ter essa idéia completa, é preciso que fique pronto o diagnóstico que o governo contratou. Vai ser o primeiro grande diagnóstico feito pela Fundação Oswaldo Cruz sobre o tema. Fica pronto mês que vem. Vai permitir que a gente possa ter foco na política pública. O crack, muitas vezes, é localizado em regiões, caso da Cracolândia, em São Paulo. Temos de fazer com que se direcionem as políticas para aquelas regiões. Capacitar com mais intensidade os agentes públicos daqueles lugares a lidar com o crack. É possível de ser enfrentado.
Bobagem
Onde Pedro Abramovay andou nos últimos tempos? É mentira! A cracolândia, em São Paulo, hoje em dia, é só um símbolo. O crack está no Brasil inteiro e chegou às pequenas cidades do interior do Brasil com impressionante violência.
Tão logo a sua entrevista veio a público, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, seu chefe, deixou claro que não concorda com seu ponto de vista, embora já tenha dito que o debate sobre a descriminação das drogas precise ser travado “sem preconceitos” – não me perguntem o que isso quer dizer. Tenho cá comigo um conceito: lugar de traficante é na cadeia.
Encerro este post destacando que Pedrinho ainda espera o diagnóstico contratado pelo governo, mas tem idéias muito claras a respeito desde 2009. Se ele foi escolhido para cuidar da área, é porque a presidente e o ministro da Justiça, em que pesem as declarações públicas, concordam com seu diagnóstico. Mas fica para mais tarde.
Pedrinho precisa arrumar o seu bodoque e arranjar um Visconde de Sabugosa para instruí-lo nos caminhos do raciocínio lógico.