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O ambiente de acordão acabou gerando uma reação: a frente parlamentar pró-impeachment

Tratei do assunto aqui no blog na manhã de ontem. Tucanos e peemedebistas se aproximaram para formar uma frente em favor do impeachment. Compõem o grupo parlamentares de outras legendas, como Solidariedade, DEM, PPS, PSC e PSB. A redação de um documento está a cargo dos tucanos Bruno Araújo (PE) e Carlos Sampaio (SP). O […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h40 - Publicado em 20 ago 2015, 05h26

Tratei do assunto aqui no blog na manhã de ontem. Tucanos e peemedebistas se aproximaram para formar uma frente em favor do impeachment. Compõem o grupo parlamentares de outras legendas, como Solidariedade, DEM, PPS, PSC e PSB. A redação de um documento está a cargo dos tucanos Bruno Araújo (PE) e Carlos Sampaio (SP). O texto também deve fazer um convite para a presidente renunciar. A divulgação está prevista para esta quinta-feira.

Bem, esse era o desdobramento natural, não é mesmo? A questão da saída de Dilma já começava a ficar na esfera das coisas etéreas. Ainda que todas as denúncias ora protocoladas na Câmara sejam rejeitadas, outas podem ser apresentadas. Sem que se tenha um grupo político que se ocupe da questão, é evidente que nada vai andar. Formado esse núcleo, será possível saber quantas e quais são as adesões.

Não se trata ainda da formalização de uma nova denúncia. O documento deve elencar as razões por que a presidente tem de deixar o cargo — como a roubalheira na Petrobras, reveladas pela Lava-Jato, e as lambanças fiscais, traduzidas nas pedaladas. Também se vai destacar que a grave crise política por que passa o país agrava a crise econômica e as incertezas. Os deputados lembrarão que maciças manifestações populares cobram o afastamento da presidente.

É claro que a formação desse grupo eleva a temperatura política em Brasília. Até havia pouco, o eventual afastamento de Dilma se colocava no horizonte das possibilidades, mas, como dizer?, não havia com quem falar; a questão não tinha um ponto de referência. A partir desta quinta, será diferente.

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Não se sabe hoje, por exemplo, com quantos votos contaria na Câmara uma eventual denúncia contra Dilma. Para que seja aceita, são necessários dois terços dos 513 deputados: 342. Não é fácil conseguir esse número. Por outro lado, ele jamais será atingido se não houver quem se ocupe de conquistá-lo.

É claro que a eventual recomendação do TCU para que as contas de Dilma sejam rejeitadas dará fôlego ao movimento em favor da saída da presidente, mas um dos parlamentares envolvidos na criação da força suprapartidária diz o óbvio: é importante, mas não definidora. Ainda que o Planalto venha a ser bem-sucedido, diz ele, os motivos para o afastamento subsistem.

O ambiente de acordão e de virada que o governo tentou caracterizar na semana passada logo se desfez. Pior para o Planalto: como reação, viu se consolidar a frente parlamentar pró-impeachment.

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