Na Cabralândia 4 – Tribunal auditará benefícios fiscais dados por Cabral
Por Italo Nogueira e Marco Antonio Martins, na Folha: O TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio vai auditar os benefícios fiscais concedidos pelo governo. O objetivo é verificar se as medidas têm impactado as contas do Estado e se há isonomia na concessão dos benefícios. A Folha revelou na segunda-feira que na primeira […]
Por Italo Nogueira e Marco Antonio Martins, na Folha:
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio vai auditar os benefícios fiscais concedidos pelo governo. O objetivo é verificar se as medidas têm impactado as contas do Estado e se há isonomia na concessão dos benefícios. A Folha revelou na segunda-feira que na primeira gestão de Sérgio Cabral Filho (PMDB), entre 2007 e 2010, houve renúncia fiscal de R$ 50 bilhões. A medida beneficiou desde grandes empresas, como a Petrobras, a cabeleireiros, motéis e boates. A auditoria será feita entre os dias 4 e 29 de julho. O foco inicial serão as renúncias do primeiro trimestre deste ano, que servirão como amostra das empresas beneficiadas pelo governo. “Benefício fiscal é naturalmente importante, em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal, já que pode provocar um desequilíbrio nas contas [públicas]”, disse a secretária de Controle Externo do TCE, Elaine Faria de Melo.
“A matéria exige um olhar mais cuidadoso também para ver a quem se está beneficiando”, completou.
Houve alta de 72% na renúncia fiscal entre 2007 e 2010 (de R$ 8,8 bilhões para R$ 15,2 bilhões), contra um crescimento de 44% na receita tributária no mesmo período (de R$ 20,2 bilhões para R$ 29,1 bilhões). A ampliação exagerada da renúncia fiscal é criticada por tributaristas. Para eles, o benefício deve ser concedido a empresas que façam grandes investimentos ou gerem alto número de empregos. Segundo a secretária de Controle Externo do TCE, a auditoria está programada desde dezembro. Mas, agora, levará em conta as informações reveladas pela Folha.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
A concessão de benefícios fiscais já foi alvo de críticas do tribunal nos dois últimos relatórios. Em 2009 e 2010, as contas da gestão Cabral foram aprovadas, mas houve ressalvas e determinações. Em 2009, por exemplo, o tribunal queixou-se da falta de planejamento na concessão dos benefícios. Aqui