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LULA, O CHEFÃO DOS REACIONÁRIOS

É melancólico, não? A impressão, que não deve estar muito longe da realidade, é que o concerto do Senado não tem conserto. Anos de desmandos e mandonismo fizeram da Casa uma verdadeira corte persa, comandada por eunucos superpoderosos, que passam o dia a conspirar — mais ou menos como Gore Vidal narrou em Criação. A […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h05 - Publicado em 14 ago 2009, 06h57

É melancólico, não? A impressão, que não deve estar muito longe da realidade, é que o concerto do Senado não tem conserto. Anos de desmandos e mandonismo fizeram da Casa uma verdadeira corte persa, comandada por eunucos superpoderosos, que passam o dia a conspirar — mais ou menos como Gore Vidal narrou em Criação. A diferença é que nosso Xerxes é Sarney; nosso Dario é Renan Calheiros.

Alguns capas-pretas do se organizam abertamente contra qualquer tentativa de botar uma ordem mínima na Casa. Puxa daqui, puxa dali, e tudo sempre acaba no mesmo lugar — ou no mesmo homem: Agaciel Maia. E Agaciel Maia, é desnecessário lembrar (ou melhor, é necessário), remete a José Sarney (PMDB-AP), o, por assim dizer, presidente da Casa.

Ah, claro, claro! Sarney não é culpado por tudo etc e tal. Essa ladainha já conhecemos. O problema é que ele representa a garantia da continuidade dessa caixa preta em que se transformou o Senado — na verdade, podem botar aí o Congresso. A lambança com as passagens aéreas na Câmara não nos permite ter muita esperança sobre o que anda por lá.

E quem tem nas mãos, hoje, o futuro do Legislativo? O PMDB de Sarney, Renan e Wellington Salgado. Lula, que poderia ser a liderança moral do país, ainda que chefiando outro Poder, beira o cinismo quando dá uma espécie de pito nos senadores, mas garantindo apoio irrestrito a Renan. Mais do que isso: organizou com ele a “reação”.

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Abaixo, publico uma espécie de tradução comentada de um editorial da Economist, que rasga elogios ao desempenho econômico do Brasil e ao governo Lula, mas aponta a sua incrível irresponsabilidade na política externa, sempre flertando com ditaduras e ditadores. A irresponsabilidade na política interna não é menor. No dia seguinte àquela baixaria protagonizada por Fernando Aquilo Roxo Collor (PTB-AL) na altercação com Pedro Simon (PMDB-RS), o presidente o recebeu em seu gabinete. Os dois devem ter comemorado o sucesso da operação.

Há muito tempo critico — e, se procurarem no arquivo, vocês encontrarão a expressão em muitos textos — o que chamo de “rebaixamento institucional” (ou “das instituições) promovido por Lula e por seu partido. Eis aí.  Sim, é verdade: os desmandos vêm de longe. A questão é saber que aliança, hoje, impede qualquer mudança. No comando das forças da reação, está Luiz Inácio Lula da Silva.

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