Leitores deste blog não estão surpresos, certos? Influência dos radicais islâmicos na Líbia causa preocupação. Não me digam!!!
Por Rod Nordland, do New Yoork Times, no Estadão: Na Líbia pós-Kadafi que começa a emergir, o mais influente entre os políticos deve ser Ali Sallabi, que não conta com nenhum título formal, mas inspira muito respeito como estudioso do islamismo e orador populista que desempenhou um papel instrumental na liderança do levante em massa. […]
Por Rod Nordland, do New Yoork Times, no Estadão:
Na Líbia pós-Kadafi que começa a emergir, o mais influente entre os políticos deve ser Ali Sallabi, que não conta com nenhum título formal, mas inspira muito respeito como estudioso do islamismo e orador populista que desempenhou um papel instrumental na liderança do levante em massa. O mais poderoso dentre os líderes militares é Abdel Hakim Belhaj, ex-líder de um grupo radical antes suspeito de associação com a Al-Qaeda.
A crescente influência dos radicais islâmicos na Líbia leva a difíceis perguntas a respeito das características finais do governo e da sociedade que vão substituir a autocracia de Muamar Kadafi. Os EUA e os novos líderes da Líbia dizem que os fundamentalistas estão indicando a intenção de se dedicar ao pluralismo democrático. Dizem que não há motivo para duvidar da sinceridade dos radicais.
Mas, assim como ocorre no Egito e na Tunísia, a mais recente sublevação da primavera árabe depôs um ditador que tinha suprimido os fundamentalistas islâmicos, e há sinais preocupantes a respeito do tipo de governo que se seguirá. É difícil saber qual será a forma do governo líbio, cujo espectro de possibilidades vai do modelo turco de pluralismo democrático até a bagunça do Egito, considerando como pior hipótese uma teocracia como a do Irã xiita ou de modelos sunitas como o Taleban ou mesmo a Al-Qaeda.
Milícias radicais na Líbia recebem armas e financiamento diretamente de benfeitores estrangeiros como o Catar; um membro da Irmandade Islâmica, Abdel al-Rajazk Abu Hajar, lidera o Conselho Municipal que governa Trípoli. Belhaj tornou-se tão influente que agora busca substituir Mahmoud Jibril, economista formado nos EUA que atua como premiê do governo interino. O motivo: críticas que Jibril teria feito indiretamente aos radicais. Aqui