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Ideli se finge de morta para se fingir de viva

Ai, ai… A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, está se fingindo de morta no caso do repasse das verbas do Fundo de Participação dos Estados para se fingir de viva. Como vocês sabem, o STF decidiu há 36 meses — sim, leitor, há três anos — que o FPE, como vinha sendo distribuído, era […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h01 - Publicado em 23 jan 2013, 15h00

Ai, ai… A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, está se fingindo de morta no caso do repasse das verbas do Fundo de Participação dos Estados para se fingir de viva.

Como vocês sabem, o STF decidiu há 36 meses — sim, leitor, há três anos — que o FPE, como vinha sendo distribuído, era inconstitucional. E deu esse prazo para que o Congresso corrigisse as distorções com uma nova lei. E nada aconteceu.

Lula e Dilma mantiveram e mantêm um apoio no Congresso só comparável ao de ditaduras. Até Chávez enfrenta mais oposição numérica na Assembleia venezuelana. Bastaria decisão política para votar o novo texto. Mas o Palácio não se mexeu. Este escriba alertou aqui antes de expirar o prazo: “Daqui a pouco, o governo federal estará praticando ilegalidades caso mantenha o repasse…”. Pois bem. Leiam o que informa Marcela Matos, na Veja.com. Volto em seguida.
*
Ideli diz que governo espera acordo sobre FPE

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou na manhã desta quarta-feira, durante um café com jornalistas, esperar que Legislativo e Judiciário cheguem a um acordo sobre os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Nesta terça feira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reagiu à manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF), que cobrava uma resposta do Congresso Nacional sobre uma  Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) de autoria de quatro governadores do país: Antonio Anastasia (MG), Eduardo Campos (PE), Jaques Wagner (BA) e Roseana Sarney (MA). Em ofício, o Congresso afirma que “não há omissão inconstitucional como apontam os requerentes” e que “não havendo inércia do Poder Legislativo”, não se justifica “qualquer intervenção do Poder Judiciário em suas atividades típicas, em atenção ao princípio da separação dos poderes”.

De acordo com Ideli, o impasse entre os poderes tem consequências imediatas na vida de milhões de brasileiros, já que em alguns estados o repasse representa até 60% da arrecadação. “A suspensão dos repasses cria uma situação insustentável em boa parte dos estados brasileiros”, disse a ministra. “Estamos bastante ansiosos para que haja um acordo entre o Legislativo e o Judiciário sobre esse assunto, até porque a presidente manteve, fez o primeiro pagamento que era ainda referente a 2012, no dia 10 de janeiro, e agora no dia 20 de janeiro era a primeira parcela de 2013″, reforçou.
(…)
Voltei
Viram? Ela pretende ser apenas uma cronista da crise, como se não tivesse nada com isso. É falso! Tem, sim! Sabem quem é a ministra que cuida da articulação com o Congresso? Ideli Salvatti! Mais: o Planalto dispõe de um líder na Câmara, um líder do Senado e outro no Congresso. E se deixou a situação chegar aonde chegou.

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“Ah, mas era assunto do Congresso…” O novo Código Florestal também era. A nova Lei dos Royalties também era. E por que o governo resolveu fazer valer a sua vontade? Ora… A verdade é que se apostou no impasse. E, por óbvio, o assunto passou a ser do Palácio quando, de modo deliberado, o governo decidiu descumprir decisão judicial.

Agora Ideli fica fazendo cara de paisagem. Volto àquele tema duzamericânu… Imaginem nos EUA um secretário de estado explicando à imprensa, de maneira calma e pausada, por que decidiu mandar a Suprema Corte plantar batatas…

E há quem jure, claro!, que sistema bom mesmo é o brasileiro, não aquele “estadunidense” (como dizem os bocós), cheio de republicanos que fazem valer suas prerrogativas. Que coisa deselegante!

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