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Haverá amanhã! Ou: Chega de especulação!

As contas do governo central — que são compostas pelas contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram, informa a VEJA.com, um déficit primário de R$ 10,423 bilhões de reais. É o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h58 - Publicado em 30 set 2014, 17h42

As contas do governo central — que são compostas pelas contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram, informa a VEJA.com, um déficit primário de R$ 10,423 bilhões de reais. É o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997, foi a primeira vez que o governo central teve resultado negativo em um mês de agosto. Dá para ser otimista assim? Não dá! Aliás, nem otimista nem pessimista. Cumpre ser realista.

Está na cara que o governo Dilma estourou com as contas públicas; estourou, como disse o ex-presidente FHC, com a boa governança na economia. Mas, atenção!, vamos com calma! Haverá ainda um país no dia 27 de outubro, pouco importa quem seja o eleito.

De fato, quero deixar claro que acho, sim, que há especulação exagerada. Embora eu entenda os motivos — e também os aponte — que fazem os agentes econômicos desconfiar de Dilma, não dá para fazer de conta que o país está à beira do abismo. Porque isso também não é verdade.

Vocês sabem o quanto lastimo a campanha eleitoral terrorista que o PT vem fazendo. Ainda nesta segunda, Dilma afirmou que um de seus adversários, Aécio Neves, é o retrocesso; a outra, Marina Silva, seria a aventura. Só ela própria, Dilma, seria a opção segura. Opção segura de quê? De crescimento perto de zero, de inflação no teto da meta e juros cavalares? Ora, tenha paciência, presidente. Assim, a senhora não consegue pôr os pingos nos is.

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Se abomino o terrorismo dilmista, também repudio a especulação desenfreada, que dá a entender que não haverá amanhã se Dilma for reeleita. É claro que haverá. Pessoalmente, acho que, dos três amanhãs possíveis, esse é o pior. Mas o Brasil seguirá ainda como uma das maiores economias do mundo, com um empresariado operoso — embora vivendo dificuldades terríveis — e com uma agropecuária entre as mais competitivas do mundo.

Eu não estou aqui a dizer um “senta que o leão é manso”. Não é manso nada! Ele é até bem rabugento. Mas o Brasil vai superar as dificuldades. Uma coisa importante é a seguinte: qualquer que seja o futuro presidente, que a gente não abandone a política, a crítica permanente e a cobrança de resultados. Dilma só estourou com os fundamentos da economia porque, durante muito tempo, nós todos, inclusive a imprensa, fomos condescendentes com ela.

Nunca um país se beneficiou do amortecimento do espírito crítico. Quem gosta de ditadura de opinião é Lula. Nós gostamos é de pluralidade. O Brasil é maior do que a eventual reeleição de Dilma — que, de resto, está longe de ser garantida. É preciso, em suma, parar com as especulações de um lado e de outro.

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