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Grupo comprou lote de vinho raro para Demóstenes

Por Fernando Mello, Natuza Nery e Catia Seabra, na Folha: Caronas em jatinhos, presentes do exterior e vinhos de milhares de dólares faziam parte do arsenal que o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, usava na troca de favores com políticos e servidores, afirma a Polícia Federal. A íntegra do inquérito que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h59 - Publicado em 29 abr 2012, 07h39

Por Fernando Mello, Natuza Nery e Catia Seabra, na Folha:
Caronas em jatinhos, presentes do exterior e vinhos de milhares de dólares faziam parte do arsenal que o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, usava na troca de favores com políticos e servidores, afirma a Polícia Federal. A íntegra do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e áudios da Operação Monte Carlo mostram que em agosto de 2011 Cachoeira e seu assessor Gleyb Ferreira da Cruz conversam sobre um vinho Cheval Blanc, safra 1947. A bebida, que já teve uma garrafa especial leiloada por mais de R$ 500 mil, seria comprada para o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), ao custo de até US$ 2.950 a unidade. A diferença de preço se daria por causa de algumas “imperfeições” nas garrafas.

Numa ligação a Gleyb, Demóstenes autoriza ligar para Las Vegas (EUA) para encomendar cinco garrafas: “Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de todos os tempos”. E completa: “Passa o cartão do nosso amigo aí, depois a gente vê”. Gleyb então informa a Geovani Pereira da Silva, contador do grupo de Cachoeira, que comprou cinco garrafas para o “professor” -que a PF diz ser Demóstenes. Eles comemoram o negócio dizendo que as cinco unidades saíram por menos de US$ 14 mil.

Ao comentar que cada garrafa da safra custaria R$ 30 mil no Brasil, demonstram surpresa. “O quê que é isso? Esse povo deve estar louco”, diz um deles. “Sem noção, né?”, responde o outro. Em páginas da internet, o Cheval Blanc, safra 1947, é citado como um dos vinhos mais desejados e mais falsificados do mundo. O inquérito afirma que o grupo de Cachoeira também ofereceu a Demóstenes caronas em jatinhos. Os advogados de Demóstenes e Cachoeira não comentam questões pontuais do inquérito e sustentam que as gravações da PF são ilegais.

LAS VEGAS
Outra que recebeu favores foi Eliane Pinheiro, então chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Cachoeira pediu que assessores a levassem ao aeroporto, onde embarcaria para Las Vegas com Geraldo Messias (PP), prefeito de Águas Lindas (GO). Após a viagem, o prefeito agradece a Cachoeira. “Sou fiel a você no pouco e no muito. O que você mandar fazer você tem que pensar duas vezes porque é ordem, tá certo?”, diz Messias.
(…)

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