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Financiamento de campanha, choro dos perdedores e uma fala indecorosa

A Câmara aprovou a constitucionalização do financiamento de campanha por empresas privadas, dede que a doação seja feita a partidos políticos. Nesta sexta, algumas vozes se manifestaram a respeito. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, respondeu àqueles que o acusam de ter recorrido a uma manobra para aprovar a proposta, anunciando que vão recorrer ao […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h16 - Publicado em 29 Maio 2015, 20h38

A Câmara aprovou a constitucionalização do financiamento de campanha por empresas privadas, dede que a doação seja feita a partidos políticos. Nesta sexta, algumas vozes se manifestaram a respeito.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, respondeu àqueles que o acusam de ter recorrido a uma manobra para aprovar a proposta, anunciando que vão recorrer ao Supremo. Afirmou:
“Estamos muito habituados a lidar com aqueles que criticam a judicialização da política e buscam a judicialização para discutir fatos que eles perderam no voto. Aqueles que buscam o choro porque não tiveram atendidos os seus anseios e as suas ideologias [recorrem à Justiça]. Não é essa a maneira de se resolver os problemas”.

Ele está certo. O quórum para aprovar uma emenda constitucional já não é baixo: 308 deputados. No caso, houve 330 votos. Mais: esse mesmo plenário rejeitou o financiamento público. NA VERDADE, NÃO HOUVE APENAS UMA VOTAÇÃO EM FAVOR DA DOAÇÃO DE EMPRESAS; HOUVE DUAS. Aí, quem perdeu decide apelar ao tapetão.

Rossetto
Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que não costuma perder a oportunidade de disparar besteira, também tratou do assunto. E, meus caros, aí a fala é mesmo de trincar catedrais.

Segundo o valente, a sociedade rejeita “muito fortemente” o financiamento das empresas privadas porque experiência que acumulamos no Brasil não é uma experiência positiva”. Ele diz que “os financiamentos empresariais se tornaram instrumento de corrupção política, fazem com que a representação política se subordine ao interesse privado. O que é muito ruim para a democracia e para o país”.

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Sinto nojo só de ler. O senhor ministro Rossetto toma a todos pela régua do seu partido. Sabe o que a sociedade rejeita, ministro?
– Roubalheira na Petrobras;
– caixa dois;
– hipocrisia;
– mentira;
– conversa mole…

O que o ministro está dizendo, na prática, é que os membros de seu partido que se corromperam só caíram em tentação por culpa do sistema. A propósito: uma consultoria, doutor Rossetto, é financiamento privado de campanha? Não, né? E por que há tantos petistas poderosos que são consultores? Será que é o modo de custear as eleições que torna as pessoas corruptas? Tenham a santa paciência!

Aprenda uma coisa ministro: é vagabundo quem decide ser vagabundo. O sistema eleitoral não torna ninguém corrupto nem o transforma num ladrão da Petrobras. Tampouco um sistema impecável torna honesto um desonesto.

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