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Ex-senador boliviano assassinado por motorista de Olacyr de Moraes acompanhou Dilma em viagem à Rússia

Xiii… Que história cabeluda! O busílis é o seguinte: Miguel Garcia Ferreira, 61 anos, motorista de Olacyr de Moraes, aquele que já foi o rei da soja, matou a tiros um ex-senador boliviano que morava há muitos anos no Brasil: Andrés Fermín Heredia Guzmán, de 60 anos, que era diretor de duas mineradoras que pertencem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h06 - Publicado em 4 abr 2014, 20h56

Xiii… Que história cabeluda! O busílis é o seguinte: Miguel Garcia Ferreira, 61 anos, motorista de Olacyr de Moraes, aquele que já foi o rei da soja, matou a tiros um ex-senador boliviano que morava há muitos anos no Brasil: Andrés Fermín Heredia Guzmán, de 60 anos, que era diretor de duas mineradoras que pertencem ao empresário. Não era, assim, um qualquer, como verão. A coisa é enrolada pra chuchu e pode envolver interesses verdadeiramente bilionários.

1: Segundo Ferreira, Heredia Guzmán estava chantageando Olacyr. O que havia para chantagear? Ainda não se sabe.

2: Seja o que for, e a ser verdadeira a história, o boliviano vinha sendo bem-sucedido. Nesta sexta, ele havia ido à casa do empresário, no Morumbi, e saído de lá com, atenção!, R$ 400 mil em dinheiro vivo.

3: Quando Guzmán estava deixando a casa de Olacyr, Ferreira lhe pediu uma carona.

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4: No trajeto, o motorista de Olacyr sacou o revólver. O outro teria reagido, e ele disparou. Uma unidade policial que estava perto do local, nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, chegou e encontrou o corpo de Guzmán caído ao lado do carro, uma Cherokee blindada.

5: Ferreira já estava num outro veículo, com as roupas sujas de sangue, e a sacola com os R$ 400 mil. Consta que havia pegado uma carona com uma mulher que nada teria a ver com a história. Quem dá carona a um sujeito todo sujo de sangue, assim, sem mais nem aquela? Não tenho ideia.

Pois é… Guzmán estava integradíssimo ao Brasil. Falava um português impecável, como vocês podem constatar nesta entrevista a Heródoto Barbeiro.

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Lembram-se da visita que a presidente Dilma Rousseff fez à Rússia? Pois é… O ex-senador boliviano integrava a comitiva, segundo a Gazeta Russa. Vejam que ali já se informa a sua ligação com Olacyr de Moraes. Transcrevo trecho da reportagem de 28 de janeiro do ano passado. Leiam. Volto em seguida.
*
Na próxima quinta-feira (31), uma delegação russa composta pelos proprietários da empresa «Mast», Serguêi Chak e Serguêi Makhov, além de geólogos, desembarca em São Paulo, de onde segue para o município de Barreiras, na Bahia, que possui uma enorme reserva de escândio. Pela primeira vez, russos e brasileiros esboçam uma parceria nessa área estratégica.

A viagem desses russos ao Brasil foi engendrada ainda durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Moscou, em meados de dezembro de 2012. Na comitiva de empresários que a acompanhou, estava o ex-senador Andres Guzman, diretor para assuntos internacionais da Itaoeste Mineração e da OMF Mineral Star.

“A visita à Rússia foi um sucesso. Tivemos a oportunidade de nos reunir com a empresa ‘Mast’, que já tem tradição no trato de minerais raros há mais de trinta anos», contou Guzman à Gazeta Russa.

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Rumo a Marte
Até 1993, quando o setor foi estatizado no país, a «Mast» explorava diversos minerais, e até mesmo urânio na Rússia. Apesar das mudanças no setor, a empresa seguiu trabalhando com produtos como escândio, tálio e lítio.

Seus clientes estão distribuídos por doze países, tais como Estados Unidos, China, Índia, França, Inglaterra, Alemanha. Para a norte-americana “Smith&Wesson”, por exemplo, a “Mast” fabrica um cano especial para armamento de repetição balística.

“Eles elaboram o produto em uma de suas empresas, de acordo com o ‘cardápio’ do cliente”, conta Guzman. “É uma empresa de ponta que atua não só na separação dos materiais, como também na qualificação, agregando valor a esses minerais.”

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Segundo Guzman, os planos das empresas são amplos. “Ao lado da venda de escândio bruto, pretendemos assinar um acordo de transferência de tecnologia. Podemos gerar uma terceira empresa associada e instalar uma planta para agregar valor em território brasileiro e vender estes produtos acabados a empresas de altíssima tecnologia, tais como Boeing, Airbus, Nasa. O tratorzinho que chegou em Marte utiliza essas ligas especiais.”

No Brasil
Na Bahia, a delegação irá se reunir com o governador da Bahia, Jacques Wagner, e com alguns integrantes do seu secretariado, além de outros políticos, como o deputado federal Nelson Pellegrino.

“Nosso projeto na Bahia está estimado em 20 bilhões de dólares. O céu é o limite”, afirma Guzman. Em troca, de acordo com ele, o Brasil ganha divisas e a transferência de tecnologia. «A Embraer, por exemplo, compra os trens de aterrissagem na Europa ou nos Estados Unidos porque não existe no mercado local o domínio das ligas dos minerais raros com alumínio.»

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Empresário de ponta
A reserva de Barreiras pertence a um dos empresários mais audaciosos do país. Olacyr de Moraes foi o mais jovem bilionário brasileiro. Chegou a ter mais de 40 empresas atuando em diversos ramos, tais como construção civil, transporte, agronegócio, pecuária, geração de energia, implementos agrícolas, armazenamento e estocagem de alimentos etc.

Em seu currículo de «self made man» constam duas realizações que fazem dele um dos maiores empreendedores da história brasileira. Nos anos 1980, ele ergueu, nas terras até então consideradas inóspitas do Centro-Oeste, um império agrícola. Fez jus ao epíteto de “Rei da Soja”.
(…)

Retomo
Abaixo, vocês veem a foto em que Heredia Guzmán (de gravata bordô), ao lado de Olacyr, negocia com o governador petista Jaques Wagner.

boliviano com Olacyr e Jaques

 

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