Escândalo aborta plano eleitoral de Palocci para 2014
Por Natuza Nery, na Folha: “Era só o que faltava. Não bastassem os ataques da oposição, agora o tiro de canhão veio de dentro do próprio governo”, relatou Antonio Palocci em livro. A frase é de 2006, mas poderia ser facilmente reeditada hoje. Na época, o então ministro da Fazenda estava cotado para suceder a […]
Por Natuza Nery, na Folha:
“Era só o que faltava. Não bastassem os ataques da oposição, agora o tiro de canhão veio de dentro do próprio governo”, relatou Antonio Palocci em livro. A frase é de 2006, mas poderia ser facilmente reeditada hoje. Na época, o então ministro da Fazenda estava cotado para suceder a Lula em 2010, mas viu os planos serem dinamitados por um caseiro de Brasília. Narrou sua queda no livro “Sobre Formigas e Cigarras” (ed. Objetiva), publicado no ano seguinte à sua renúncia. Palocci pavimentou o caminho de volta ao poder com a bênção de Lula, tornando-se o principal coordenador da campanha de Dilma. Com a vitória, reabilitou-se assumindo a gerência política e administrativa do governo.
Novo golpe veio em 15 de maio, quando a Folha revelou que seu patrimônio se multiplicou por 20 vezes nos últimos quatro anos, quando era deputado federal. Dias depois, a Folha revelou também que a empresa do ministro da Casa Civil, a Projeto, faturou R$ 20 milhões no ano eleitoral de 2010, prestando serviços de consultoria. Os clientes e os valores não foram revelados nas entrevistas que concedeu anteontem. Sem conseguir dissipar as suspeitas sobre seus negócios, o ministro perdeu apoio entre petistas e viu ruir, pela segunda vez, seus planos eleitorais. Caso fizesse uma boa gestão na Casa Civil, o ex-prefeito de Ribeirão Preto estaria cacifado para tentar o governo paulista, com sob o comando do PSDB há 16 anos. Aqui